quinta-feira, 29 de julho de 2010

DIAS DIFÍCEIS (O BEM VENCE O MAL?)


Recordo-me que alguém comentou aqui no blog: "tenho medo das suas quintas-feiras"! De fato, é nas quintas que costumo tratar do caos existente no mundo em que vivemos, das notícias mais polêmicas, dos casos mais absurdos. Esclareço porém, que  não faço isso por achar bacana falar de coisas ruins ou por ser favorável ao sensacionalismo que tomou conta do tele-jornalismo brasileiro, muito pelo contrário. Contudo, toco na ferida porque precisamos encarar o mundo que aí está e de frente! Viver não é tão somente velejar num mar de rosas, a vida não é uma poesia de Fernando Pessoa e tentar ignorar isso é uma grande bobagem.
Não podemos perder a nossa capacidade de indignaçãoNão podemos correr o risco de encararmos as coisas erradas  como normais ou previsíveis, não é certo  vivermos classificando cada nova notícia ruim  como "mais uma"!  Precisamos de comoções coletivas, indignações em massa, de  uma sensibilidade individual crescente, atenta,  e sermos capazes de cobrar justiça com mais propriedade... É por isso que reproduzo casos repugnanates, porque espero não mudar de idéia nunca, nem fraquejar diante desses desafios que nos são impostos com uma frequência alarmante!

  
O assunto de hoje pode até soar repetitivo, considerando a avalanche de más notícias e dos perigos que nos rondam diariamente, contudo, me chocou profundamente pela forma como aconteceu. De repente percebo que não são só os bandidos inspiram cuidados, estamos nos tornando perigosos uns aos outros também. Vejam só o caso da Senhora Juliana Cravo, de 29 anos, que saiu de casa com sua mãe com o objetivo de comprar um computador num shopping da Zona Norte de São Paulo. Tudo ia bem, até Juliana ser acertada no rosto por uma cusparada de uma criança, que irresponsavelmente e a revelia de seus responsáveis, brincava de cuspir as pessoas do alto de uma escada rolante. O que ela fez, então? Aquilo que qualquer um de nós faria, acredito eu... procurou os tais responsáveis pelo menor, nesse caso uma tia, e reclamou, pedindo providências para que isso não se repetisse com outras pessoas... Resultado: Juliana fora seguida e espancada do lado de fora do shopping  por um grupo de selvagens, entre elas e  representando a  líder do bando, a tia do menor, que muito ofendida com a reclamação, resolveu tomar as providências que julgou mais adequada.


Em decorrência dos socos, murros e pontapés, a vítima teve um derrame cerebral  e morreu quatro dias depois. O circuito interno de TV do estabelecimento registrou algumas cenas das acusadas e as imagens serão usadas como prova para a acusação.  Para família, além da revolta, só resta agora cobrar das autoridades providências e que as agressoras paguem pelo crime bárbaro cometido. 

Agora, diante do exposto,  pergunto: E a nós, que - por enquanto e graças a Deus - somos apenas expectadores desses absurdos, o que nos resta? Ignorar que vivemos numa selva? Focarmos no lado bom da vida para esquecermos nossas dores? Resta o carnaval? O futebol? A Copa de 2014? As Olimpíadas de 2016? A novela das oito? Não há mesmo nada a se fazer além de nos indignarmos?  Somos/estamos tão impotentes assim? É por isso que a "quinta do caos" existe. REFLITAMOS!  


Sabe, com más notícias envolvendo assaltantes, assassinos, sequestradores, estelionatários, psicopatas, estamos até relativamente preparados, mas ao que parece, as coisas, ao invés de diminuírem, estão evoluindo para outros tantos tipos de conflitos! A violência virou uma arma para se resolver quase tudo... no trânsito se mata, no bar se mata, na saída do banco se mata, nas escolas se morre e agora, no shopping também não estamos seguros! O perigo não tem uma única face, pode estar em qualquer lugar e as relações interpessoais cada dia mais comprometidas!



Espero sinceramente que essa família possa encontrar razões para continuar acreditando num mundo melhor e que Juliana Cravo, onde estiver, possa receber aquilo que o nosso mundo não pôde lhe dar!

Fico por aqui.
Jr Vilanova.

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quarta-feira, 28 de julho de 2010

'O GIGANTE EGOÍSTA'



"Todas as tardes, ao saírem do colégio, as crianças costumavam a ir brincar no jardim do Gigante.Era um jardim lindo e grande, com grama verde e suave. Aqui e ali, sobre a grama, apareciam flores belas como estrelas, e havia doze pessegueiros que, na primavera, abriam-se em flores delicadas em tons de rosa e pérola, e davam ricos frutos no outono. Os pássaros pousavam nas árvores e cantavam tão docemente que as crianças costumavam parar de brincar para ouvi-los.

- Como nos sentimos felizes aqui! – exclamavam elas.
Certo dia ele voltou. Ele tinha andado visitando seu amigo, o ogre da Cornualha, e ficara sete anos com ele. Depois de sete anos ele já havia dito tudo que tinha o que não tinha para dizer, já que sua conversa era limitada, e resolveu voltar para seu próprio castelo. Ao chegar, ele viu as crianças brincando no jardim.
- O que é que vocês estão fazendo aqui? – gritou ele com uma voz muito ríspida, e as crianças saíram correndo.
- O meu jardim é meu jardim – disse o Gigante. – Qualquer um pode compreender isso. Eu não vou permitir que ninguém brinque nele, a não ser eu mesmo.
De modo que ele construiu um muro alto em torno do jardim e colocou um cartaz de aviso.
Ele era um Gigante muito egoísta.
As pobres crianças agora não tinham mais onde brincar. Elas tentaram brincar na estrada, mas a estrada era muito poeirenta e cheia de pedras duras, e eles não gostavam. Começaram a passear em torno do muro depois das aulas, conversando sobre o lindo jardim que ficava lá dentro. "Como éramos felizes lá!", diziam uma ás outras.


Então chegou a Primavera, e por todo o país apareceram pequenas flores e pequenos pássaros. Só no jardim do Gigante Egoísta é que continuava a ser inverno. Os passarinhos não gostavam de cantar lá, porque não havia crianças, e as árvores se esqueceram de florescer. Uma vez uma flor bonita chegou a brotar, mas ao ver o cartaz de aviso ficou com tanta pena das crianças que se enfiou de volta no chão e adormeceu. Os únicos que estavam contentes eram a neve e o gelo.
- A Primavera se esqueceu deste jardim – eles exclamaram -, de modo que podemos viver aqui o ano inteiro.
A neve cobriu toda a grama com seu manto branco, e o Gelo pintou todas as árvores de prata. Eles convidaram o Vento do Norte para se hospedar com eles, e ele veio. Todo enrolado em peles, rugia o dia inteiro pelo jardim, derrubando as chaminés com seu sopro.
- Este lugar é ótimo – disse ele. – Nós precisamos convidar o Granizo para vir fazer uma visita.
E o Granizo apareceu. Todos os dias, durante três horas, ele matracava no telhado do castelo até quebrar quase todas as telhas, e depois corria, dando voltas pelo jardim o mais depressa que podia. Sempre vestido de cinza, soprava gelo para todo lado.
- Não entendo porque as Primavera está demorando tanto a chegar! – disse o Gigante Egoísta, sentado junto à janela e olhando para seu jardim frio e branco. – Espero que o tempo mude logo.
Mas a Primavera não apareceu, nem o Verão. O Outono trouxe frutos dourados para todos os jardins, mas nenhum para o do Gigante.
- Ele é muito egoísta – disse o Outono.
De modo que ali ficou sendo sempre inverno, e o Vento Norte e o Granizo, a Neve e o Gelo dançavam em meio às árvores.
Certa manhã, o Gigante estava deitado, acordado, na cama, quando ouviu uma música linda. Soava com tal doçura em seus ouvidos que ele até pensou que deviam ser os músicos do Rei que passavam. Na realidade era apenas um pequeno pintarroxo cantando do lado de fora de sua janela, mas já fazia tanto tempo que ele não ouvia um só passarinho em seu jardim que aquela parecia ser a música mais bonita do mundo. E então o Granizo parou de dançar sobre a cabeça dele, e o Vento do Norte parou de rugir, e um perfume delicioso chegou até ele, através da janela aberta.
- Acho que finalmente a Primavera chegou – disse o Gigante. – E, pulando da cama, olhou par fora.
O que ele viu?
A visão mais bonita que se possa imaginar. Por um buraquinho no muro as crianças haviam conseguido entrar, e estavam todas sentadas nos ramos das árvores. Em todas as árvores que ele conseguia ver havia uma criança. E as árvores estavam tão contentes de terem as crianças de volta que se cobriram de flores, balançando delicadamente os galhos, por cima da cabeça da meninada. Os passarinhos voavam de um lado para outro, chilreando de prazer e as flores espiavam e riam. Era uma cena linda e só em um canto é que continuava a ser inverno. Era o canto mais distante do jardim, e nele estava de pé um menininho. Ele era tão pequeno que não conseguia alcançar os ramos da árvore, e ficou andando em volta dela, chorando, muito sentido. A pobre árvore continuava coberta de neve e de gelo, e o Vento do Norte soprava e rugia acima dela.
- Sobe logo, menino! – dizia a Árvore, curvando os ramos o mais que podia. Mas o menino era pequeno de mais.


E o coração do Gigante se derreteu quando ele olhou lá para fora.
- Como eu tenho sido egoísta! – disse ele. – Agora já sei porque a primavera não aparecia por aqui. Eu vou colocar aquele menininho em cima daquela árvore, depois vou derrubar o muro, e meu jardim será um lugar onde as crianças poderão brincar para sempre e sempre.
Ele estava realmente arrependido do que tinha feito. E assim, desceu a escada, abriu a porta da frente com toa a delicadeza, e saiu para o jardim. Mas quando as crianças o viram ficaram tão assustadas que fugiram e o inverno voltou ao jardim. Só o menininho pequeno é que não fugiu, porque seus olhos estavam marejados de lágrimas e não viu o Gigante chegar. E o Gigante aproximou-se de mansinho por trás dele, pegou delicadamente em sua mão e o colocou em cima da árvore. A árvore imediatamente floresceu e os passarinhos vieram cantar nela; e o meniniho esticou os braços, passou-os em torno do pescoço do Gigante e o beijou. Quando viram o Gigante não era mais mau, as outras crianças voltaram correndo e com elas veio a Primavera.
- Agora o jardim é de vocês, crianças – disse o Gigante. E pegando um imenso machado, derrubou o muro. Quando toda a gente começava a ir para o mercado, ao meio-dia, lá estava o Gigante brincando com as crianças no jardim mais bonito que todos já haviam visto.
Elas brincavam o dia inteiro, mas quando chegava a noite despediam-se do Gigante.
- Mas onde está seu companheirinho? – perguntou ele. - O menino que eu botei em cima da árvore?
O Gigante gostava dele mais do que de todos os outros, porque ele lhe havia dado um beijo.


- Nós não sabemos – responderam as crianças. – Ele foi embora.
- Vocês têm de dizer a ele para não deixar de vir aqui amanhã – disse o Gigante.
Mas as crianças disseram que não sabiam onde ele morava, e que jamais o haviam visto antes. O Gigante ficou muito triste.
Todas as tardes, quando acabavam as aulas, as crianças iam brincar com o Gigante. Mas o menininho de quem o Gigante gostava nunca mais apareceu. O Gigante era muito bondoso com todas as crianças, mas sentia saudades de seu primeiro amiguinho, e muitas vezes falava nele.


- Como eu gostaria de vê-lo! – costumava dizer.
Os anos se passaram, e o Gigante ficou mais velho e fraco. Ele já não conseguia brincar direito, e então ficava sentado em uma poltrona enorme, olhando as crianças que brincavam e admirando seu jardim.
- Tenho tantas flores lindas – dizia ele -, mas as crianças são as flores mais bonitas de todas.
Certa manhã de inverno, ele olhou pela janela enquanto se vestia. Agora já não odiava o inverno, pois sabia que este era apenas a Primavera enquanto dormia, e que as flores estavam descansando.
De repente ele esfregou os olhos, espantado, e olhou, e olhou, e olhou. Era por certo uma visão maravilhosa. No cantinho mais distante do jardim havia uma árvore toda coberta de flores brancas. Seus ramos eram dourados, carregados de frutos de prata, e debaixo deles estavam o menininho que ela amava.
O Gigante correu pelas escadas, com a maior alegria, e saiu para o jardim. Cruzou depressa o gramado e chegou perto do menino. E quando chegou bem perto, seu rosto ficou rubro de raiva, e ele disse:
- Quem ousou te ferir?
Nas palmas das mãos da criança estavam as marcas de dois pregos, como haviam marcas de dois pregos em seus pezinhos.


- Quem ousou te ferir? – gritou o Gigante. – Dize-me, para que eu possa tomar de minha grande espada para matá-lo.
- Não – respondeu o menino -, pois essas são as feridas do Amor.
Quem és? – perguntou o Gigante, e quando o temor apossou-se dele, ajoelhou-se diante da criança.
A criança sorriu para o Gigante e lhe disse:
- Você me deixou, certa vez, brincar em seu jardim, e hoje você irá comigo para o meu jardim que é o Paraíso.


Naquela tarde, quando as crianças chegaram correndo, encontraram o Gigante morto, deitado debaixo da árvore, todo coberto por flores brancas."

Oscar Wilde.

Outras palavras...

Quando criança, também conheci um Gigante... perto dele não  eram toleradas  brincadeiras, em  seu jardim  não  existia alegria, os verões eram tensos, os outonos amargos, as primaveras tão escuras quanto as nuvens cinzas do  inverno... mas eis que um dia, como nas mágicas que acontecem dos  livros, o gigante da minha vida foi encolhento, encolhendo, até virar novamente  uma criança que hoje, discretamente e a sua maneira, clama por atenção. Embora ainda não tenha aprendido a compartilhar o suficiente, vez por outra abre seu mundo, que  se enche de cores, vozes e movimento e nesse momento, certamente olha pra trás e percebe quanto tempo se perdeu... aliás, as crianças que hoje abitam  o seu jardim chamam-se tão somente: tempo!

...

Para que a beleza das coisas mantenha-se protegida, precisamos de energia circulando, transformando e garantindo vida a tudo aquilo que amamos. Deixo o conto de Oscar Wilde como ponto de reflexão e quem sabe, um motivo para mudança!

Cuidemos de nossos jardins, então... é tudo que posso sugerir hoje. 
Jr Vilanova.

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sexta-feira, 23 de julho de 2010

O CLUBE DO SAMBA É NOSSO...

Salve, sexta-feira.
Como bem sabemos, dia de música no blog...

E a que  trago agora para compartilhar é da melhor qualidade, aliás, qualidade é um critério indispensável pra tudo que disponibilizo nesse espaço, se está, esteve ou estará aqui é por que eu acredito!
...
Bem, mas me deixem  falar de um projeto vitorioso: o show "CLUBE DO SAMBA", com Igbonan Rocha, Wilma Araújo e Banda. Talentosos intérpretes  que  juntaram suas  grandes vozes  a serviço do samba, da música genuinamente brasileira... bom gosto, musicalidade e beleza, tudo junto! Tá bom, não tá? Desde abril desse ano, o público alagoano (e muito em breve o público brasileiro em geral) vem se encantando com o trabalho dessa turma, se envolvendo com a iniciativa e apostando na idéia que promete ainda muitas surpresas...

E  já  que  semente bem  plantada uma hora há de germinar (e produzir bons frutos), como reconhecimento a todo esse empenho, o 'Clube' acaba de ser indicado  ao respeitado  Prêmio da Música Popular Brasileira, que em  2010  evidencia esse estilo  através de uma  merecida homenagem a Dona Ivone Lara.  Sabiamente, os organizadores do prêmio  abriram para artistas brasileiros pouco conhecidos do grande público a oportunidade de participarem também e dentre o mundarel de vídeos enviados, escolheram apenas dez e desse, escolherão três que participarão da premiação, numa festa que acontecerá no Rio de Janeiro... preciso dizer a vocês quem está entre esse dez escolhidos? Segue vídeo do grupo para que vocês sintam a vibração:
    



Agora que  já conhece um pouco da proposta do 'Clube do Samba', que tal colaborar para que ele esteja entre os três   escolhidos no 21º Prêmio da Música Popular Brasileira? Para que isso aconteça,  basta clicar AQUI digitar seu e-mail e marcar esse vídeo que você acabou de assistir! Facinho, facinho! Mas não demora que a votação acaba em 31/07, ok? TODO MUNDO FAZENDO PARTE DESSE CLUBE!

Sorte a Igbonan e aos meninos do 'Clube do Samba' e para todos um bom fim de semana!
Jr Vilanova.  

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quarta-feira, 21 de julho de 2010

LIVRE PENSAMENTO (Frases de Oscar Wilde)



"Chamamos de ética o conjunto de coisas que as pessoas fazem quando todos estão olhando. O conjunto de coisas que as pessoas fazem quando ninguém está olhando chamamos de caráter."

"Nenhum grande artista vê as coisas como realmente são. Caso contrário, deixaria de ser um artista."

"Amar é ultrapassarmo-nos."

"A única maneira de libertar-se de uma tentação é entregar-se a ela. Resista, e sua alma adoecerá de desejo das coisas que ela a si mesma se proibiu, com o desejo daquilo que suas leis monstruosas tornaram monstruoso e ilícito."

"Não há outro pecado além da estupidez."

"Sou a única pessoa no mundo que eu realmente queria conhecer bem."

"Se você não consegue entender o meu silêncio de nada irá adiantar as palavras, pois é no silêncio das minhas palavras que estão todos os meus maiores sentimentos."

"A Moral não me ajuda. Sou antagônico nato. Sou uma daquelas pessoas que são feitas para exceções, não para regras."

"Algumas pessoas preferem ser medíocres. Outras, quando resolvem não ser, correm o risco de perder amigos."

"Adoro as coisas simples. Elas são o último refúgio de um espírito complexo."


Oscar Wilde.

Outras palavras...

Semana passada eu disse que as 'quartas da poesia' seriam em homenagem a Oscar Wilde... no fim das contas, não tive tempo de selecionar nenhum de seus textos maravilhosos... de qualquer forma, não vou perder essa oportunidade. Então optei pelas frases soltas, atribuídas a ele. Estão fora de contexto e podem despertar tantas outras opiniões. De repente, o texto que não selecionei se compões de forma completamente espontânea. Tá valendo, não tá? 

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É isso, crianças! Té qualquer hora. Desculpem a correria, tá? Juro que em agosto me redimo! É que ultimamente o meu nome é "trabalho" e o sobrenome "hora extra"!
Beijo.
Jr Vilanova.

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terça-feira, 20 de julho de 2010

DIA DO AMIGO

Meu Deus! Como é engraçado!
Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço... uma fita dando voltas.
Enrosca-se, mas não se embola, vira, revira, circula e pronto: está dado o laço. É assim que é o abraço: coração com coração, tudo isso cercado debraço. É assim que é o laço: um abraço no presente, no cabelo, no vestido, em qualquer coisa onde o faço.
E quando puxo uma ponta, o que é que acontece? Vai escorregando... devagarzinho, desmancha, desfaz o abraço.
Solta o presente, o cabelo, fica solto no vestido.
E, na fita, que curioso, não faltou nem um pedaço.
Ah! Então, é assim o amor, a amizade.
Tudo que é sentimento. Como um pedaço de fita.
Enrosca, segura um pouquinho, mas pode se desfazer a qualquer hora, deixando livre as duas bandas do laço. Por isso é que se diz: laço afetivo, laço de amizade.
E quando alguém briga, então se diz: romperam-se os laços.
E saem as duas partes, igual meus pedaços de fita, sem perder nenhum pedaço.
Então o amor e a amizade são isso...
Não prendem, não escravizam, não apertam, não sufocam.
Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço!
Mário Quintana.

Outras palavras...


Confesso que não tinha preparado nada para essa terça-feira 20 de julho. Depois que descobri que se tratava do "dia do amigo", o máximo que me passou pela mente foi a imagem das pessoas que amo, que um dia considerei amigo, mas que hoje já se tornaram grandes irmãos!

Confesso que acho meio esquisito esse negócio de homenagear as pessoas num único dia do ano... sou meio avesso a essas coisas, até com aniversário eu sou  desligado, penso que se a gente não consegue reafirmar os laços com certa frequencia, se não conseguimos fortalecer nossas relações afetivas no dia a dia, de nada valerá uma ligação entusiasmada ou uma mensagem repleta de frases feitas numa única data.

...

Hoje eu recebi no trabalho um texto tão lindo que não resisti, resolvi trazer pra cá! E o entrego agora aos amigos queridos... e aos que quiserem ser meus amigos também... claro, se está no blog a homenagem é extensiva  aqueles que passam por aqui com certa frequencia (apesar das minhas involuntárias ausências), e estabelecem, mesmo que virtualmente, uma ligação afetuosa com o blogueiro que vos escreve agora...

FELIZ DIA DO AMIGO PRA QUEM SE IDENTIFICAR COM ESSA PALAVRA, que muitas vezes, como disse o poeta, se confunde com outra: AMOR  e pode significar muito na vida de tanta gente... que sabe  ser  resistente, mesmo sem a pretensão de se tornar um nó! Taí o grande desafio de uma verdadeira amizade.

Beijo, gente!
Jr Vilanova.

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domingo, 18 de julho de 2010

UM SHOW DE GAL (Festival de Inverno de Garanhuns-2010)



Na última sexta-feira, 16/07, aportei novamente na cidade pernambucana de Garanhuns. Cês lembram da minha última visita a "cidade das flores"? Lembram do post "Chocolate quente e fondue"? Pois é, pra quem perdeu  essa chance, recomendo uma olhada rápida   na postagem antes de prosseguir, no intuito de  se  localizar melhor no mapa,  assim as coisas vão  fazer mais sentido... sim, porque depois me ver falar em frio e em  Festival de Inverno em pleno nordeste, só conhecendo melhor a geografia dessa linda cidade! Dá um pulinho lá que eu te espero, ok?

...

Na parede da 'chocolateria' Sete Colinas, pude conferir os 20 cartazes do evento e um pouco mais da história do FIG.

Pronto. Agora sim, podemos continuar... Em 2010, essa já tradicional festa de Pernambuco, o FIG,  acontece entre os dias 15 e 24 de julho (ou seja, ainda dá tempo de conhecer) e completa 20 anos de existência com uma programação diversificada, que mistura teatro, cinema, dança, circo, manifestações culturais regionais e muita música... música boa! Atrações de peso! Por lá já passaram  nomes como: Zizi Possi, Cássia Eller, Ney Matogrosso, Jorge Ben Jor, Djavan, Alcione, Zélia Ducan, Zé Ramalho, Elba Ramalho, Ana Carolina  e por aí vai, a lista é imensa, o que é natural após tantos  anos  de existência!

Eu e Renan em frente ao palco principal do FIG, na Praça Guadalajara.

As apresentações musicais  acontecem sempre à noite, na Praça Guadalajara, mas apesar da programação noturna do FIG ser a mais conhecida e talvez  a  mais visitada, a festa se espalha por vários pontos da cidade e possui  opções  disponíveis o  dia praticamente todo. Tudo gratuito! Participa quem quiser, quem vier...

"Com a cara e com a coragem"...


Devido a correria que minha a vida se transformou nesse mês de julho, não tive tempo para programar uma viagem até Garanhuns, mas de uma coisa eu sabia: em hipótese alguma eu poderia perder um show de Gal Costa aqui no nordeste! Seria imperdoável. Resolvemos então o problema: saímos de Maceió como se diz por aqui "com a cara e com a coragem"... estávamos em três, além de mim, Renan e Vânia faziam parte da excursão particular! Após nos libertarmos de nossas obrigações profissionais, resolvemos encarar a distância e enfrentar os quase 200 km de estrada, deixando que as coisas fossem acontecendo naturalmente a partir daquele momento! Não havia nenhum tipo de programação pré-estabelecida, permitimos que as horas fossem traçando o roteiro... uma delícia!

Com Renan e Vânia: ansiosos pelo início do show.

"Quem sabe faz a hora, não espera contecer"! Sabe, abrindo um pequeno parêntese no assunto, hoje posso citar a frase de Geraldo Vandré como uma espécie de filosofia de vida. Nem sempre soube ou quis agir assim, mas estou aprendendo,  tendo a consciência de que viver livremente ajuda a exercitar a leveza que ainda espero alcançar. Com o passar dos anos, acho que estou me cansando  de querer correr atrás do controle de tudo, característica marcante da minha personalidade... finalmente começo a experimentar outros sabores, outras fases, novos comportamentos... e sei que tenho crescido muito com isso... tenho me permitido, me dado o direito de ser ou de apenas estar e a vida segue me surpreendendo. Chegamos em Garanhuns por volta das 19 horas, sãs, salvos e entusiasmados.

Um show de Gal...


Gal Costa canta "Azul", de Djavan.

Gal entrou no palco por volta das 23 horas para uma hora  e meia de show. Foi a primeira vez que vi a diva de perto, a primeira vez que escutei a voz de cristal ao vivo. Que prazer! Confesso que estava ansioso e muito curioso também, pois como todos nós sabemos, Gal passa por um momento qualquer de reclusão profissional, a algum tempo não lança nada novo, não está em turnê e o tipo de show que seria apresentado ainda era uma incógnita! Se bem que no fundo isso pouco estava importando, pois como diz Djavan nos versos de 'Mal de mim', "escutar Gal e Tom... o que rolar é bom"! 
Pra compartilhar o que vi e ouvi, disponibilizo alguns  vídeos que fizemos no dia, afinal, passamos a ser companheiros de viagem aqui no blog!

Gal Costa durante apreentação no 20º FIG- Garanhuns-PE.

Visivelmente mais magra, com cabelos mais curtos, nos ombros, e com a boca vermelha de sempre em destaque, ela entrou no palco muito comunicativa... simpática e despojada como quem chegou para rever amigos, embora nunca  tivesse colocado os pés em Garanhuns! Tivemos sorte, ela estava verdadeiramente feliz. De cara entoou os versos de "Eu vim da Bahia", de  Gilberto Gil e foi recebida como uma rainha. Cantou lindamente. Nesse momento pude matar a minha curiosidade. O show afinal fora montado num formato mais acústico, três músicos apenas a acompanhando e para delírio da platéia, que a essas alturas já lotava a  Esplanada Guadalajara, ela optou por um repertório bem popular e bastante conhecido. Na sequencia vieram: "Azul", de Djavan, "Meu bem, meu mal", de Caetano Veloso, "Camisa Amarela", de Ary Barroso...   

Gal Costa durante apreentação no 20º FIG- Garanhuns-PE.

Muito animada, interagiu o tempo todo com o público. Contou histórias da sua gloriosa carreira, curiosidades sobre as músicas e compositores que gravou e se mostrou muito à vontade até para ouvir sugestões de seus "seguidores do Twitter". Pois é, pelo que ela deixou transparecer, algumas das músicas cantadas em seu show, foram sugestões/pedidos de seus fãs no mini-blog! Viu só até onde a modernidade nos trouxe? Atualmente é possível até opinar no repertório de nossas grandes divas, quem diria...
A essas alturas o espetáculo já tinha alcançado ares de informalidade e seguiu com outros hit´s: "Folhetim" e "Samba do grande amor", de Chico Buarque e "Vatapá", de Dorival Caymmi, compositor que não poderia faltar num repertório baseado em grandes sucessos...

A pedido da platéia, Gal canta trecho de "Fruta Gogóia"..

Gal se mostrou surpresa com a diversidade de idades entre o público presente! "Quanta gente jovem", disse ela ao fitar a platéia. Pelo menos metade dela era composta por jovens com idade inferior ao seus anos de carreira, mas que  demonstravam muita  intimidade com o seu repertório. Ainda para sua surpresa pediram insistetemente que cantasse "Fruta gogóia". Tamanha fora a  insistência que não lhe restou outra opção, senão cantar  o sucesso à capela, um grande momento! O show seguiu com uma série de Bossas de Tom e Vinícius, como "Garota de Ipanema", "A felicidade", "Chega de saudade". Como sempre acontece, lembrou João Gilberto e falou de sua influência musical em sua vida. Disse que o estilo desse complexo artista mudou a sua forma de cantar e de ver a música, numa generosa declaração de amor e respeito.

 
Gal Costa durante apreentação no 20º FIG- Garanhuns-PE.

Gal surpreendeu ao revisitar canções como "Vapor Barato" (numa introdução vocal arrepiante), "Sorte", "Festa no interior" e até "Chuva de prata" no bis... você que é fã incondicional de Gal Costa, me responda, a quantos anos não escuta versões ao vivo desses clássicos populares da baiana? Faz tempo não faz? Não foi à toa que todos cantaram entusiasmados até o fim de cada um dos clássicos. Vejam os vídeos do 'Bis': 

 


No bis, durante o 20º FIG, Gal sugere 'Chuva de prata' e a platéia responde entusiasmada.

Pelo que se vincula na imprensa, um grande retorno está previsto para Gal ainda esse ano. O projeto seria um show e um cd de inéditas, produzidos por Caetano Veloso e seu filho Moreno, com grandes chaces de se tornar um momento marcante de sua trajetória artistica.  Por enquanto, baseado no que vi e ouvi, o que posso dizer é que ela está cantando perfeitamente e que sua voz continua sendo uma das mais belas do mundo.


Esse foi o relato do que rolou no show de Gal Costa em Garanhuns. Fica também a dica de viagem para suas próximas férias de julho! Conheça o Festival de Inverno mais charmoso de Pernambuco!

Beijos meus.
Boa semana!
Jr Vilanova. 

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domingo, 11 de julho de 2010

CONCRETAS ESQUINAS - PARTE 2


"Quem não vê bem uma palavra, não pode ver bem uma alma". A afirmação é de  Fernando Pessoa e ilustra perfeitamente o  assunto que trago pra nós agora. Dentre os efeitos transformadores existentes na vida de um ser humano, ler e viajar estão entre os mais significativos... ou será que essa concepção representa algo muito pessoal? Duvido. Ninguém seria audacioso o bastante para contestar a máxima, a não ser que nunca tenha tido a oportunidade de se lançar... mergulhar... de alçar vôos impulsionado pelo que viu, pelo que descobriu, sentiu depois de ter sido tocado pela informação, pelo novo. Penso, vejo, sinto, viajo, leio, logo existo!

Depois de pessoa, a sabedoria de Chacrinha.

Aportei aqui pra continuar o nosso papo inacabado sobre a minha última viagem e nessa segunda parte do post "concretas esquinas", gostaria de contar um pouco sobre a minha visita ao Museu da Língua Portuguesa. Quando optei por visitar o local, que fica no complexo de prédios da Estação da Luz, já imaginava que a visita fosse me proporcionar algo no mínimo interessante, só não estava preparado para ser surpreendido. Ter as expectativas superadas é no mínimo excelente, certo? Pois é, cheguei por volta das 12h:30 min. e tive a sorte de ser encaminhado direto ao auditório, no terceiro andar, para uma tal sessão que iniciaria pontualmente às 12h:50 min. Não tinha idéia do que me aguardava e é principalmente dessa surpresa que estou falando.

A sala não estava cheia, mas logo que a voz de Fernanda Montenegro começou a declamar o  roteiro do filme, todo espaço vago fora instantaneamente preenchido. Com seu talento, a gigantesca atriz generosamente ajudou a desvendar, a entender melhor nossas origens, misturas e as quase infinitas nuances do nosso idioma, visto que a comunicação é também um fato social. Contudo, apesar da força e da credibilidade impressas em sua voz, a grande estrela eram as palavras e seu poder de instituir relações. Naquela  tela imensa  a língua portuguesa passou a ter rostos, cores, sotaques diversos. Tudo muito interessante, mas ainda não o bastante...

Olha só, considerando que alguém aqui pode não ter ainda passado por essa experiência, não gostaria de estragar o efeito surpresa. Evitarei os por menores. Mas posso adiantar que a grande mágica fica mesmo pro final (ou pro começo, se olharmos pelo ponto de vista de que a visita  estava  só no início). De repente,  a poesia salta aos olhos, invade nossos ouvidos em meio a necessária escuridão e desenhos feitos a laser tomam as paredes do prédio. Imagina só que loucura! Aí então, silenciosamente, entendemos de fato o que representa a palavra: expandir. Experiência inesquecível. Recomendo demais.

De tudo que vi e ouvi, registrei um breve videozinho e coloquei no youtube pra poder compartilhar a sensação de pisar naquele local que eu batizei de "um chão de poesias"...  


Outro momento interessante, claro, foi poder interagir com o acervo e as exposições. "Erros nossos de cada dia" me chamou mais atenção. Através das frases expostas num gigantesco painel, era possível  lançar um olhar sobre as diferenças existentes entre a nossa fala e a escrita, possibilitando então a melhor reflexão sobre os nossos atuais conceitos de "certo" e "errado" nesse contexto. Melhor ainda foi concluir que não existe uma resposta definitiva, visto que fatores como o nosso grau de escolaridade, a capacidade de comunicação, o lugar em que vivemos, a nossa época, tudo pode representar um determinante para a mudança da nossa forma de comunicação. Muitas vezes o "padrão" culto do português  perde espaço para expressões mais usuais, aquelas que normalmente utilizamos em nossos núcleos e que conseguem cumprir o seu papel de comunicar tanto quanto. Vejam as fotos:

O painel trazia mil possibilidades de reflexão e aprendizado.
Ouvidos atentos as explicações
Minha amiga Josy e suas preferências.

Passeio excelente. As horas voaram. Em outras partes do Museu me diverti com os totens que disponibilizam, através de uma comunicação falada, explicações sobre os significados de palavras de diversas origens (entre eles, o do Português falado nos demais países lusófonos). Explorei um grande mapa do Brasil, onde podemos escolher aleatoriamente uma região e  ver e ouvir depoimentos de diversas pessoas, no intuito de sentirmos os  múltiplos “falares” brasileiros. Essa foi ou não uma super viagem? Queria destacar ainda a possibilidade de acompanhar a evolução da comunicação no Brasil e suas diferentes características ao longo dos anos. Vejam algumas fotos desse cronograma fantástico:

Alguém aí chegou a comprar algum desses exemplares nas bancas? Melhor não responder.
Exposição "Óculos": "uma nova forma escondida em meio ao visível".
Virei DJ da poesia.
Poesias por todos os lados. Momento de inspiração.
No Museu pude me sentir em casa!
Testes estão espalhados para medir o nível do nosso português.
Nada mais a declarar.

E aí, gostaram? Preciso parar por aqui. Viajar é bom, mas quando a viagem é muito longa, a vontade de voltar pra casa só aumenta no final!
Deixo beijos e um desejo de boa semana pra todo mundo. Até a próxima.
Jr Vilanova.

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sexta-feira, 9 de julho de 2010

'TOP 10 - STRANI AMORI'

O que podemos  entender efetivamente  por  "respeitar o diferente"? Será que isso nos  direciona  a  também agir  diferente? Por ventura nos obriga a concordar com as escolhas da vida alheia? Ou será que  respeitar consiste em não poder nutir nenhum tipo de  opinião sobre qualquer assunto? Acertou quem optou pela resposta "NDA", nenhuma das alternativas. Pois é, respeitar é de certa forma permitir.  Mas infelizmente, o ser humano (portanto, todos nós) é um animal preconceituoso por  natureza, possui  uma forte tendência ao  pré-julgamento. Os nossos pensamentos ruins, os nossos potenciais preconceitos são sentimentos instantâneos e até certo ponto inevitáveis, quando menos se espera  já  tomaram conta  das  nossas  opiniões. O importante mesmo é vigiar. Policiar-se para combatê-los. Legal é a informação,  entender que os nosso valores culturais, morais e religiosos, há muitos séculos, nos motivam a segregar, separar, estranhar e temer o que é diferente, mas precisamos revertir isso em nós, nos libertarmos... aliás, taí o que nos distingue dos demais animais: inteligência, raciocínio e capacidade efetiva de transformar  erros  em aprendizado.

E isso tem  mudar mesmo  porque tem muita gente morrendo pelo simples fato de querer ser o que sua natureza determinou! Porque pessoas estão sendo  violentamente agredidas (física e psicologicamente) só porque decidiram viver e não só sobreviver! Porque o preconceito tem privado milhões de amar, obrigado muitos a viverem na clandestinidade, a desperdiçarem suas vidas com mentiras, a perderem totalmente a moral pela insistência de consecutivas humilhações. São coisas  muito sérias. Se precisamos corrigir eventuais excessos, violência e intolerância não  são as ferramentas mais indicadas.


A semana da diversidade sexual no blog 'Contatos Imediatos' se encerra agora.  Apesar de uma iniciativa bem modesta, teve como objetivo  propor uma reflexão coletiva sobre  o desafio de vencer as nossas próprias limitações. Não temos  direito de tornar pior a vida de quem quer que seja, muito menos condenar um semelhante ao sofrimento e a exclusão por sua  aparência ou preferências sexuais. Divulguem a tolerância, sejamos seres tolerantes, isso sim vale muito a pena, afinal evoluir é uma tarefa inevitável. 

Termino essa semana especial, como de costume, com música! O tema para escolha das canções, logicamente, foi o amor entre iguais... garimpei na MPB letras que estão envolvidas de alguma forma com esse contexto e espero que gostem, pois são realmente lindas. Ah, pra quem ficou curioso com adica musical do post de segunda, taí uma canção de Leila Maria. Para baixar, basta clicar na música escolhida, ok?


1. Homens e mulheres - Ana Carolina e Ângela Ro Rô.
2. Ilegais - Vanessa da Mata.
3. Ventos de paz - Leila Pinheiro.
5. Nobreza - Djavan.
6. Menino Deus - A Cor do Som.
7.Tola foi você - Ângela Ro Rô.
8. Na minha mão - Marina Lima.
9. Ele me deu um beijo na boca - Caetano Veloso.
10. Obrigado não - Rita Lee.
Bônus:
11. Esnoba - Moinho
12. Mulher eu sei - Chico César.

Que o caráter de todos e cada um seja o maior dos critérios morais...
Fico por aqui.
Bom fim de semana.
Jr Vilanova. 

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