sexta-feira, 29 de maio de 2009

Dica de fim de semana: "Você tem fome de que?"

A gente não quer só comida!
Alagoas, Maceió, o Brasil inteiro também quer “diversão e arte para qualquer parte”! E digo isso porque atualmente nesse sentido me sinto “morrendo de sede em frente ao mar” - e decididamente não estou me referindo aos 230 km de litoral que meu estado possui.



Depois da construção do Teatro Gustavo Leite - que tem capacidade para 1.251 pessoas sentadas e um equipamento invejável a disposição dos artistas - uma verdadeira revolução cultural aconteceu na capital alagoana. A arte ganhou um aliado de peso, que conseguiu incluir a cidade no roteiro oficial das melhores peças teatrais e shows de grandes ídolos brasileiros. Antes, os espetáculos ficavam limitados apenas ao Ginásio do SESIque como próprio nome já diz, trata-se de um “Ginásio” e não de uma casa de shows - e do Teatro Deodoro que apesar de lindíssimo - uma construção de 1910, certamente uma das mais bonitas do Brasil -, não apresentava condições técnicas suficientes para apresentações de grande porte. A diva Maria Bethânia, por exemplo, só pisou num palco alagoano depois da construção do novo teatro, pois, segundo a estrela, até então não existiam espaços adequados para receber suas produções por aqui - contudo, com o problema resolvido, já passou com três das suas turnês por aqui: “Tempo, tempo, tempo, tempo”, “Dentro do mar tem rio” e do último espetáculo “Maria Bethânia e Omara Portuondo”.

TEATRO DEODORO - MACEIÓ/AL


Na mesma linha de excelentes shows musicais – isso sem entrar no mérito das inúmeras e excelentes peças teatrais que fazem parte dessa mesma safra - que estiveram recentemente por aqui, posso citar: “Inclassificáveis”, de Ney Matogrosso e os que virão: “Samba Meu”, de Maria Rita e “Zii e Zie”, de Caetano Veloso. Pois é, hoje não se pode reclamar de boas opções culturais por essas bandas... o problema agora são os altos preços cobrados, que no fim das contas, acabam sendo um limitador tão imbatível quanto a falta dessas oportunidades.
Para se ter direito a assistir produções como as citadas acima, o cidadão – exceto se for estudante, que paga metade – precisa desembolsar uma cifra superior a R$140,00, que pode tranquilamente chegar a R$180,00. Talvez em outras regiões do Brasil tal valor possa ser encarado como “normal” ou “acessível”, mas dentro do contexto de cidades como Maceió, isso acaba se tornando uma forma de segmentar as platéias e de só oferecer este tipo de programação para uma minoria de privilegiados – onde, infelizmente, não estou inserido, confesso!.


“A gente não quer só comida, a gente quer bebida, diversão, balé. A gente não quer só comida, a gente quer a vida como a vida quer...”


O Teatro em questão, palco desses maravilhosos shows, foi construído pelo governo do estado, com recursos do Governo Federal... mas decididamente não pertence ao povo! É por isso que escrevo aqui hoje. Primeiro porque estou irado por ter que perder todas essas oportunidades em decorrência de preços que considero abusivos! Segundo porque é lamentável a ausência de políticas públicas em favor da arte no Brasil, de incentivos que permitam o acesso popular a programações de qualidade, que também deveriam ser populares, pois assim o são em sua essência! Até que existem leis federais direcionados a incentivos culturais, o problema é vê-las revertidas nos preços dos ingressos!

Mas nem tudo está perdido. Ainda temos iniciativas como o “Projeto Petrobrás”, temos as programações ofertadas por empresas nacionais como o SESC e tem o SESI também, que inclusive traz para o nosso fim de semana aqui em Maceió uma programação maravilhosa que alia música e cinema! Estarei lá prestigiando e foi essa mesma programação que me deu a deixa para o post de hoje! São preços SUPER baratos, uma opção de lazer culturamente rica e na maioria dos casos: IMPERDÍVEL!

Quem puder, quiser, precisar ou achar interessante, recomendo:

MÚSICA PRÁ CELEBRAR O CINEMA: Cine SESI Pajuçara - 82. 3235-5191 - Centro Cultural SESI -Sexta - 19h00/ Sábado - 16h00/ Domingo - 15h00.

Programação:

Sexta - 29 de maio - Mpb e Poesia 19:00h – Filme: Palavra (En)Cantada (de Dorival a Chico Buarque) 20:30h – Filme: Simonal Ninguém sabe o duro que dei " 22:00h – Show: Jr. Almeida e Banda.

Sábado - 30 de maio - Tarde do Samba 16h - Curta: Nós somos o poema (o encontro de Pixinguinha e Vinicius de Moraes) 16:20h –Filme: O Mistério do Samba (Marisa Monte e a velha guarda da Portela)18:00h – Show: Básico Feito Samba. Noite: Beat 19:30h - Filme: L.A.P.A (o movimento Hip-hop do Rio)20:50h – Filme: Chico Science um passo frente e você não está mais no mesmo lugar 22:00h – Show : Mr. Freeze

Domingo - 31 de maio Matiné anos 7015h – Filme: Mamma Mia (com música do ABBA) 16:45h – Show: Los Borrachos Enamorados

Domingo Pop - 17:45h – Filme: A Festa nunca Termina (grupo quer seguir os passos do Sex Pistols)19:30h – Show: Super Amarelo20h – Filme: Velvet Goldmine ( O Glan Rock invade a Inglaterra)22:10h – Show: Demodé.

Ingressos: R$ 8,00 (inteira) e R$ 4,00 (meia) para cada horário.

Passaporte diário : R$ 12,00 e R$ 6,00 (exceto sexta).

Ficha técnica- Título original: CINE SESI 3 ANOS. Direção: De 29 a 31 de maio. Elenco: Uma programação para comemorar os 3 anos do Cine SESI Pajuçara.

Classificação etária: 14 anos. Gênero(s): Documentário.

PRA TODO MUNDO UM FIM DE SEMANA LEGAL, ESPECIAL!

SEGUNDA TÔ DE VOLTA, FALO SOBRE OS FILMES, FALO SOBRE TUDO QUE VIER NA CABEÇA!!!

Jr.


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quinta-feira, 28 de maio de 2009

VOLTEI!


Tava com saudades!

Por conta de compromissos estive fora do ar, off-line, nos últimos dias... Mas já estou presente e operante de novo!

Explicação sobre o sumiço: Nós que fazemos parte da equipe de Turismo Social do SESC Alagoas estivemos envolvidos na execução do I FAMTOUR da Pousada SESC Guaxuma. Estiveram presentes representantes dos estados de PE, RN, SE, PB, PI, BA, RS, RO, AM e DF e nesse período de 24 à 28/05/09, tivemos o grande prazer de apresentar-lhes, não só nosso meio de hospedagem, mas a cidade de Maceió e o estado de Alagoas como um todo. Lógico, modéstia parte e apesar de alguma chuva, saíram encantados - orgulhai-vos, alagoanos!.

Para aqueles que não são da área do turismo (que não é o caso das minhas amigas Cláudia e Josiane, por exemplo!), uma breve explicação sobre a iniciativa: Um FAMTOUR - com "M" mesmo, não estranhe - é um evento comum principalmente na hotelaria e geralmente acontece como uma ferramenta de promoção dos meios de hospedagem... um novo hotel ou até mesmo um hotel que passou por reformas e melhoramentos - como é o nosso caso aqui em Alagoas - geralmente recorre a esse tipo de evento para repassar essas informações entre aqueles profissionais que trabalham diretamente na atividade. Com isso, além das intalações propriamente ditas, a cidade onde está inserido o empreendimento também passa a ser promovida, visto que uma coisa não sobrevive sem a outra!

Falei desse evento recentemente aqui, quer dizer, falei da correria que tava a minha vida por conta de "um evento" no qual esteva envolvido, pois bem, o mistério acabou! Breve posto umas fotos bem legais, tanto do FAMTOUR, quanto da POUSADA SESC GUAXUMA, que quem não conhece, acredite, precisa passar a conhecer!

No mais, como não tive tempo de agradecer pelos posts antes, quero mandar um beijo pra todo mundo que interagiu com o blog, mesmo na minha ausência! Valeu!

Por fim, registro meu carinho e meu amor a minha irmã caçula, Wanessa, que fez aniversário ontem, dia 27/05! Sou um apaixonado pelas mulheres da minha vida e desejo a ela em especial muita felicidades, incontáveis alegrias, sucesso e equilíbrio sempre!
BEIJO NEU, TE AMO!

Eu, volto, tá? Boa quinta-feira a todos!
Jr.

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sexta-feira, 22 de maio de 2009

"Peça de museu"

Eu continuo fã de música boa e me preservo sem preconceitos em relação a ela também. Meu acervo cresce a cada mês, resistindo bravamente a maldita pirataria que se alastrou como praga bíblica e acabou por fechar lojas, diminuir o ritmo de produção dos artistas e prejudicar os verdadeiros fãs da música como eu! A coisa chegou a um ponto que na minha cidade, por exemplo, não existem mais lojas especializadas em música. Isso é coisa do passado. Cd´s e dvd´s originais só em lojas de departamento. Diante do fato, a minha única saída foi me tornar refém dos altos fretes cobrados pela Internet, que encarecem ainda mais o valor de um produto que já não é barato. Ainda assim, agradeço por ele existir.

Observo que algumas gravadoras vem resistindo à essa luta como podem e com isso, sabiamente experimentam novas fórmulas para alcançar preços mais acessíveis, como é o caso do “cd zero”- um formato simples, contendo só 05 músicas do cd oficial - e o formato comercial mais simples, também conhecido como “Digi pack”o cd completo, mas comercializado com material inferior, com poucas informações e sem encarte -. Infelizmente isso ainda não foi suficiente, porque ambas as possibilidades trazem consigo um grau diferente de prejuízo para o consumidor! Economiza-se no financeiro, perde-se em qualidade...

Antigamente as coisas não deviam ser tão difíceis pra quem vivia de música... Sabe, é engraçado, embora tenha alcançado o tempo de predominância do “vinil”, nunca gostei dos antigos “bulachões”, como a gente costumava chamar lá em casa! Optava sempre pelos k-7. Tinha inúmeras fitas, uma coleção tão grande quanto a que tenho agora em cd´s! Sempre gostei da coisa mais compacta. Particularmente não entendia como as pessoas podiam preferir aqueles discos imensos, complicados de guardar, de deslocar, aquelas capas de papel, desprotegidas, e a incontestável fragilidade das “bolachas pretas”, que muito facilmente arranhavam, retorciam, estragavam... Sem mencionar aquele som peculiar e irritante, “pipocando” entre uma faixa e outra com o passar do tempo. Manter um LP em pleno estado de funcionamento e até resignar-se em eternizá-lo com as características originais, deveria – e pra muitos ainda deve - exigir um trabalho imenso.

Daí, o mundo girou, o tempo passou e um futuro melhor foi se anunciando – pra mim, pelo menos -. Apareceu a mídia no formato de “Cd”... O compact-disc! Hum... Fantástico! Moderno, compacto, som puro, livre de ruídos inconvenientes, muito mais faixas a disposição, e mais, apenas um lado contendo todas as músicas e acabando com a necessidade de levantar no melhor da festa pra mudar o lado do disco, isso pra não dizer o mínimo. A partir dali, o mercado fonográfico nunca mais seria o mesmo e não foi mesmo. Popularizaram-se os preços dos novos aparelhos digitais em substituição às antigas “radiolas três em um” - começamos a nos viciar em funções como “pause”, “repeat”, “program”, “equalizer”, “random”, “bass”, “memory”, “timer” etc -. Impossível resistir a mudanças tão radicais e a uma oferta de conforto tão acessível e diferente. Eu não pensei duas vezes, era o que eu estava esperando e não sabia...

Na seqüência, quando as novas mídias já eram quase que absolutas no gosto popular, surge a criação de programas e aparelhos copiadores de cd, computadores com o equipamento acoplado, além da comercialização das mídias virgens para uso doméstico... Um ponto de vista interessante nesse aspecto é o do cantor Djavan, que em entrevista recente afirmou sabiamente que a pirataria começa a existir exatamente aí, a partir da facilidade de reprodução que a própria indústria eletrônica proporcionou! Disse: “Quando o homem criou o CD, o CD player e, em seguida, criou o duplicador de CD, ele ensinou como se faz CD em casa. Então, a própria indústria ensinou como fazer a pirataria”. Se repararmos, faz total sentido! Embora a intenção – provavelmente - não fosse essa, indiretamente forneceu ferramentas para os conhecidos “mais espertos” exercessem sua inescrupulosa esperteza!

Bem, mas voltando ao ponto central da conversa, não deu outra... O vinil acabou virando mesmo “peça de museu”. Existente apenas nas, cada vez mais raras, coleções dos seus amantes verdadeiros ou amontoados nas prateleiras dos sebos pelo país. As pessoas que permaneceram fiéis aos seus pontos de vista, resistiram e renegaram, com todas as forças, a forma de mídia moderna! Mesmo diante das várias melhorias que foram apresentadas com os avanços da tecnologia, isso não foi suficiente para ser unânime! Esse ponto de vista já foi mostrado até mesmo no cinema, com o bom filme: ”Durval Discos”, de Anna Muylaert. Particularmente falando, por tudo isso, até um tempo atrás, entendia menos ainda esse gosto duvidoso de alguns, que eu julgava ser a pior das alternativas...

Você deve estar querendo saber onde quero chegar com essa conversa toda... É que a indústria da música, ao que tudo indica, mudará novamente! E serei pragmático em relação a esse fato: Num momento não muito distante, sofreremos mais uma potencial “extinção” entre as atuais formas de se comercializar música no mundo. Tal transformação já começou a ser planejada... Já se fala abertamente nos tele-jornais e revistas especializadas em música sobre a provável “extinção do cd”. O fato é mencionado toda vez que o assunto em discussão são os prováveis novos rumos da música mundial! A bola da vez é o “dowlowd”! Prático, rápido, cômodo, barato. A nova onda é baixar músicas pela Internet e abarrotá-las, nos cada vez mais populares, aparelhos de mp3 etc. Lugares pra fazer isso não faltam, são incontáveis, não param de crescer no mundo globalizado digitalmente... Nos sites de algumas gravadoras já é possível se comprar faixas únicas ao invés de cd´s inteiros! Reconheço, boa parte das pessoas hão de preferir o caminho mais fácil.

Tem mais um importante detalhe: o menu virtual de dowlowds é vastíssimo. Vai desde super lançamentos, passando por relíquias – a maioria já fora de catálogo - e até faixas inéditas que ficaram de fora de trabalhos dos artistas, conseguidas sabe-se lá Deus como... Portanto, raridades estas que provavelmente só estarão acessíveis através dessa prática ou perdidas para sempre. Irresistível! Os próprios artistas, principalmente aqueles que tem encontrado dificuldade para lançar seus novos trabalhos através das grandes gravadoras – e das pequenas também -, tem disseminando seus singles através das suas páginas na web... E lógico, tem dado muito certo! Até eu, amante e comprador compulsivo dos ameaçados cd´s, confesso: também baixo músicas... E mais, adoro fazê-lo! A diferença é que quando encontro esse mesmo trabalho nas lojas, quando ele é importante pra mim, compro! Faço questão. Não suporto a palidez dos cd´s virgens. Mesmo depois de gravados continuam apáticos. Não são bem-vindos à minha coleção a não ser que sejam extremamente necessários!

E aí, caro amigo (a), acho que já deu pra perceber onde quero chegar finalmente. Sentir o meu drama. Simples: sinto-me hoje tão ameaçado quanto os amantes do incompreendido vinil há algumas décadas... Igualzinho ao “Durval Discos”! Hoje descubro-me compreendendo mais do que ninguém os motivos que os fizeram defender com tanta veemência suas opções! Preferências são preferências... Não há o que discutir.

Ponto de reflexão pessoal... Penso hoje: o que serei eu daqui a alguns anos sem meus cd´s? Como posso considerar o fato de nunca mais entrar numa loja e passar horas revirando seu acervo? Permanecendo lá até ficar tonto de tanto revirar suas sessões e garimpar suas raridades... Como será viajar e não poder programar em quantas lojas diferentes de música vou poder entrar... Onde eu vou me enfurnar nos aeroportos durante os constantes atrasos dos vôos? Que pessoa amarga serei eu sem a chance de folhear demoradamente os encartes dos lançamentos dos meus artistas preferidos, após várias tentativas de rasgar aquele “plásticozinho safado” que envolve o cd, alimentando sempre aquela ansiedade gostosa? Provavelmente serei alguém bem mais inconformado! Ainda preciso disso e toda essa perspectiva pragmática verdadeiramente me apavora!

Pois é, tem jeito não... Eis que o mundo transforma-se novamente! Ingênuo foi quem pensou que as coisas estacionariam nesse campo. O tempo reinventa-se de novo... Agora chegou minha hora de ser solidário aos amantes do vinil e, por via das dúvidas, começar a reunir o maior número possível daquilo que eu classifico hoje como: “futuras peças de museu”...

Apolinário Júnior.
Maceió - 10/07/08.
Música: Pirraça (Vanessa da Mata/ Kassin)
Intérprete: Vanessa da Mata.

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quarta-feira, 20 de maio de 2009

Quarta da poesia: "Djavanear o que há de bom"

Hoje, na quarta da poesia, gostaria de enaltecer a obra um poeta originalmente alagoano... Djavan! Como considero suas canções verdadeiras pérolas poéticas no “oceano” da MPB, resolvi separar alguns versos, os meus preferidos, pro dia de hoje.

Claro que queria poder citar muitos outros, mas fiquei com receio de exagerar, então parei nas minhas 30 frases preferidas, acho que tá de bom tamanho. Todas são trechos da poesia espontânea e apaixonada do Mestre! Acho até que analisando elas assim, fora do contexto musical, possam proporcionar um sabor diferente... um maior entendimento sobre o prazer de “djavanear”!

Com vocês, a irreverência e a forma toda particular de fazer música e poesia de um patrimônio musical do Brasil:

1.“... oh, meu amor, viver é todo sacrifício feito em teu nome. Quanto mais desejo um beijo teu, muito mais eu vejo gosto em viver...” - Pétala.

2.“Se é amor, que tal agir e não radicalizar?(...) meu amor, dormir contigo é escutar Gal e Tom, o que rolar é bom...” – Mal de mim.

3.“Por você tudo farei, te quero demais, você sabe, tudo, tudo é atitude. Até o mar, que é a vida do pescador, esse mar eu te dou...” – Atitude.

4.“O retrato da minha vida é amar em segredo (...) mas e você o que faz que não repara no chão por onde tem que passar e pisa em meu coração?” – Retrato da vida.

5.“... adorava me ver como seu, sempre adorei, mas não deu... Nasci pra ser o amor e ela mela o jogo, me teve e não me quis.” – Adorava me ver como seu.

6.“...quem mandou me seduzir? Se você for me leve daqui, pra onde vá. Eu agora sou seu par, quando sair me leve com você ou então não vá.” – Me leve

7.“...cê de quatro, amor, beira art-decó, uma imagem na altar da luxúria... ah, gosto de você em mim!” – Bicho Solto.

8.“Meu ar de dominador dizia que eu ia ser seu dono e nessa eu dancei. Hoje no universo nada que brilha cega mais que seu nome” – Boa Noite.

9.“... e voar, onde o longe é pouco, cruzar os muros do além e assim pousar na Terra... e amar, muito mais que poucos, pousar a vida em tuas mãos e assim cruzar a Terra...” – Liberdade.

10.“... depois que descobri que há você, nunca mais existi...” – Doidice.

11.“... de tudo que há na Terra, não há nada, em lugar nenhum, que vá crescer sem você chegar” – Oceano.

12.“... por falar no amor, acho que vou buscar viver por você ou me acabar. Quem mandou me acorrentar, fazer-me refém nas grades do amor...” – Infinito.

13.“... e a tua história eu não sei, mas me diga só o que for bom. Um amor tão puro que ainda nem sabe a força que tem é teu e de mais ninguém” – Um amor puro.

14.“... amor, e o que é o sofrer para mim que estou jurado pra morrer de amor?” – Meu bem querer.

15.“... que navio é você na praia, que visão! É um abismo pro coração. Sim, pelo que vejo você é a mais bonita filha da manhã...” – Navio.

16.“É um milagre tudo que Deus criou pensando em você, fez a via Láctea, fez os dinossauros... sem pensar em nada fez a minha vida e te deu” - Eu te devoro.

17.“Uma grande amizade é assim: dois homens apaixonados” – Nobreza.

18.“Não vá levar tudo tão a sério, sentindo que dá deixa correr... Se souber confiar no seu critério, nada a temer. Não vá levar tudo tão na boa, brigue para obter o melhor, se errar por amor Deus abençoa, seja você” – A carta.

19.“Vou andar, vou voar pra ver o mundo. Nem que eu bebesse o mar encheria o que eu tenho de fundo” – Seduzir.

20.“O que era flor eu já catei pra dar, até meus lápis de cor eu já dei... o que se pensar eu já dei, minhas conchas do mar... o que mais pode agradar a você? Eu já fiz de tudo, cadê que adiantou?” – Curumim.

21.“Deus é Pai, vai saber, se acontecer, serei seu até o fim” – Se acontecer.

22.“ Te desejo como o ar, mais que tudo... mesmo por toda riqueza dos Shakes Árabes, não te esquecerei um dia, nem um dia, te espero com a força do pensamento.” – Nem um dia.

23.“Cores se acabando de alegria onde nasça flor, em qualquer ramo pálido que já foi dor é o que eu desejo pra nós dois, todo mês, tudo em paz, toda vez, minha amada...” – Louça fina.

24.“Tudo é viável pra quem faz com prazer... Gostar é atual além de ser tão bom” – Outono.

25.”Você nasceu pra tudo que é seu... você é, você quer, você pode, se não se render chega lá” – Você é.

26.”... seu muito pra mim é pouco, eu quero a paz de viver solto... vai dizer que sou outro, sou não! Eu me cansei de ser seu avião, não vou voar não...” – Avião.

27.”Só Deus sabe o saldo creditado ao amor que lhe dou” - Cair em si.

28."Viver é mais do que sair salvando o que pode e com amor a vida explode” – Dia azul.

29."Ah, quanto querer cabe em meu coração... crescei luar pra iluminar as trevas fundas da paixão...” – Samurai.

30."Não vê minha terra-mãe que estou a me lamentar? É que eu fui condenado a viver do que cantar” – Alagoas.

Espero que tenham gostado. Quem sabe não teremos um outro dia reservado para “As melhores frases de Djavan Vol. II”! Não seria uma má idéia. Me diga o que achou.
Boa quarta-feira!

Jr.

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terça-feira, 19 de maio de 2009

Terça de agradecimentos

Como de costume, terça-feira pra agradecer!
Gosto muito de interagir com os comentários – sei que ninguém percebeu ainda - e hoje tenho dois em especial.
Primeiro o da Andressa: querida, adorei saber que está de volta, tava mesmo sentindo sua falta. Sabe, a sua experiência em Foz do Iguaçu foi um ótimo exemplo pra quem eventualmente leu o texto “Deu a louca no tempo”! Você pôde comprovar in loco minhas palavras, né? Isso é importante, porém, melhor ainda foi ver você escrever que “moedinhas nunca mais”! (risos). Que bom que achou muinhas colocações plausíveis!

Sei que as vezes é chato a gente abrir mão de um costume, evitar participar de uma tradição tão perpetuada nos lugares que visitamos, ainda mais quando a nossa iniciativa de preservação é tímida, quase que solitária... um questionamento vem logo a mente: “de que vai adiantar?”. Respondo: não sei, mas o certo é que mais cedo ou mais tarde a gente vai precisar se adequar a essas pequenas mudanças de hábito, o planeta tem nos exigido isso a todo momento. Então que comecemos hoje mesmo com pequenas atitudes que quem sabe pode até se tornarem contínuas, porque se formos esperar pelo melhoramento dos outros para iniciar nossas mudanças pessoais, estaremos fazendo o caminho inverso...

Josiane! Sempre que escrevo algo sobre música ou filmes, já fico aguardando os seus longos – e necessários – comentários! Que bom que vieram novamente! A essas alturas você até já deve ter descoberto várias outras coisas e talvez tenha outras tantas observações pra fazer em relação ao DVD da Vanessa da Mata... fique a vontade, o assunto ainda não se esgotou! Mas de toda forma, sobre sua dúvida: a faixa “Minha herança” não foi gravada! Nem “Música”, nem “Onde ir”, enfim... Mesmo assim não desanima não, veja sim o novo trabalho da cantora e até me conteste se achar que exagerei. No seu bom gosto musical eu já confio (obrigado publicamente pelo cd! Tô curtindo muito!) e quem sabe isso até me ajuda a rever alguma injustiça cometida! Até agora prossigo com meu ponto de vista...

Hoje é um bom dia pra deixar umas dicas de vídeo, então lá vai: “Orgulho e preconceito” e “Desejo e reparação”, dicas que na realidade não foram minhas e sim do amigo Gefran, que gentilmente me emprestou os títulos (com mil e uma recomendações é bem verdade)! Aproveito para desejar-lhe muitos anos de vida, muitas alegrias pelo seu aniversário (18/05)!
Voltando ao assunto dos filmes, como não se trata de lançamentos, provavelmente muita gente aqui já viu, mas pra quem não viu, registro que são obras muito legais, ambas do mesmo diretor: Joe Wright! As fotografias são deslumbrantes e as histórias tão lindas quanto, principalmente “Desejo e reparação”, um romance de época baseado na obra do escritor britânico Ian McEwan. Gostei do “efeito surpresa” do filme! Obras assim são sempre mais legais. Pra quem quiser saber mais sobre o título, segue um link com um completo release: http://www.cinemaemcena.com.br/Ficha_filme.aspx?id_critica=6961&id_filme=5213&aba=critica.
As companheiras de sempre (Nandita, Cláudia...), um super beijo também!
Ah, está disponível no blog um novo recurso, talvez mais interessante pra quem não gosta muito de comentar... basta marcar a opção que mais gostou logo abaixo do texto, acho que será uma boa!
Tem também uma nova enquete, vamos votar!
Boa semana, vamos em frente...
Amanhã tô por aqui!
Beijão!
JR.

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domingo, 17 de maio de 2009

"Ai, ai, ai, ai!"


Já falei aqui do 1º DVD de Vanessa da Mata. Hoje, com uma noção melhor desse trabalho, mesmo sem ser nenhum crítico de música formado, tenho condições de fazer considerações mais detalhadas. Ainda não li nada sobre o assunto, mas por gostar muito de música e acompanhar a cantora desde o lançamento do seu primeiro cd (melhor, antes do primeiro cd, através das canções “Viagem”, no cd “Sol da Liberdade”, de Daniela Mercury e com “A força que nunca seca”, no cd de Bethânia, de mesmo nome), me sinto a vontade para discorrer algumas linhas sobre as minhas primeiras impressões. Claro que as opiniões certamente irão divergir e acho ótimo que isso aconteça - para o bem da própria artista -. Cada um tem direito a uma percepção diferenciada num país democrático, por isso ninguém deve se influenciar completamente pelas minhas observações. Veja pra crer, depois me conte.

PARENTESE: não deixe de levar em consideração: ADORO a cantora Vanessa da Mata. Mesmo. É uma das melhores compositoras da atualidade na musica brasileira, não tenho dúvidas disso, tanto que corri pra comprar o DVD ainda quentinho nas prateleiras. Contudo, isso não me impede de expor uma visão mais crítica sobre seu trabalo, desde que esta seja sincera e imparcial!

Em suma, considero uma opção legal de entretenimento, embora confesse que pra mim deixou a desejar. Tinha tudo pra ser um grande registro. Havia inclusive uma obrigação de se fazer um grande registro. Esse projeto, como a própria cantora diz no documentário dos extras - que, diga-se de passagem, mais parece uma continuação do documentário “Minha intuição”, que saiu junto ao cd “SIM”-, demorou cerca de 6 anos pra ficar pronto, pra ser concebido e mesmo assim possui apenas 15 faixas no repertório principal (a grande a maioria do último cd que apesar de maravilhoso, convenhamos, já está “cansado de guerra”). Outra coisa estranha é que a captação do show ficou toda picotada, não segue uma seqüência contínua... Fizeram essa curta seleção inicial e distribuíram algumas outras canções nos extras, mesmo sendo estas parte integrante do mesmo show. Não entendi porque as músicas não foram colocadas na ordem de execução do show “Sim”! Considerei um CRIME uma música como “Case-se comigo”, uma verdadeira pérola composta por Vanessa, não estar no repertório principal. Senti falta de canções como: “Onde ir”, “A força que nunca seca”, “Música” (uma das mais belas da música brasileira), “Essa boneca tem manual”, “Nossa canção” (que embora seja de Roberto Carlos, ajudou a artísta a se tornar conhecida no Brasil), “Vem”, “Quem irá nos proteger”, que de tão lindas, mereciam ser homenageadas, imortalizadas ali também, pois se destacaram na trajetória dela de forma pontual... Onde foram parar essas jóias num primeiro registro ao vivo? Ainda mais quando ele demora seis anos pra ficar pronto. Esqueçamos também as músicas inéditas, não existe nenhuma de autoria da cantora! Outra coisa difícil de compreender! A única novidade que registrou foi “Acode”, que até então só havia sido gravada pela cantora Shirley de Morais no seu cd de lançamento (contudo, não representa uma inédita e ainda assim fico com a versão de Shirley... quem não conhece, compare).

Tem um reggue, “You don´t love me” e um trecho muito mal ensaiado de “Mamãe passou açúcar em mim”, enquanto canta “Viagem”, que também não possuem nada de inédito! Poderia também, quem sabe, ter aproveitado a escassez de novidades para registrar a música “Sereia de água doce”, que fez novamente para Bethânia e entrou no repertório do cd “Pirata” e do show “Dentro do mar de tem rio”, porém, que na voz da verdadeira autora ainda é uma novidade.


Só pra variar, achei Vanessa um tanto tensa no palco na maior parte do tempo. Quase não interage com a platéia. A minha impressão toda vez que assisto a uma apresentação dela ao vivo é que tem que se concentrar bastante para não desafinar e isso compromete muito sua performance em cena. Ela contesta isso no DVD: “Adoro palco, sabia? Me atiça, me dá um num sei quê...”.
Não é segredo pra ninguém (pelo menos ninguém que acompanhe a sua carreira), que afinação não é a sua característica mais marcante, tanto que muitos duvidaram que um dia conseguiria lançar um DVD onde cantasse ao vivo... bem este dia chegou!

Mas existem pontos fortes também: A decoração do palco, que apesar de simples, é linda. O figurino, que classificaria como deslumbrante (na minha humilde opinião), só não é mais perfeito que o cenário de Paraty, onde foi gerado o projeto, aliás, a idéia mais original de todas! Nos extras, destaque para as duas faixas acústicas: “Um dia, um adeus”, de Guilherme Arantes (A minha preferida de todo DVD) e o clássico “As rosas não falam”, de Cartola (Onde Vanessa permite pela primeira vez que sua emoção tome conta da situação)! Na faixa “Ai, ai, ai”, coincidência ou não, São Pedro atende aos pedidos de um “banho de chuva” pro público - provavelmente ele percebeu que alguma coisa inesperada precisava acontecer ali para que as gravações não terminassem de maneira tão formal -. Os arranjos estão lindos, perfeitos, muitos são deliciosamente dançantes e bem diferentes, uma proposta anunciada desde o lançamento de “SIM”, onde a artísta ousou e resolveu mudar a cara do seu som! Tem uma participação (novamente em estúdio) de Ben Harper, lógico, no hit “Boa sorte”.


É isso. Fosse esse o primeiro trabalho da carreira de Vanessa da Mata, muito provavelmente estivesse eu avaliando de uma forma bem mais branda. Quem sabe até classificasse como um grande show, um grande projeto, pois mesmo com suas limitações, ela ainda consegue ser grande por suas idéias e sensibilidade. Porém, quando um artista se destaca e se consagra como ícone da música de um país, como aconteceu com a mato-grossense em seu curto tempo de carreira, passa a carregar consigo uma responsabilidade ainda maior, quase uma obrigação de superar-se e surpreender a cada nova investida em nome da arte. Estamos falando de uma grande poetiza. Como admirador do trabalho de cantores da nova geração como: Vanessa da Mata, Jorge Vercilo, Ana Carolina, Pedro Mariano, Maria Rita, Vander Lee, Zélia Ducan, Rita Ribeiro, Vânia Abreu, Daniela Mercury e outros, me recuso a me contentar com pouco. E conseguir juntar meia dúzia de músicas bonitas num trabalho ainda é muito pouco. Tem que trazer novidades, inovações mesmo.

Uma geração não muito distante dessa atual, que contava com nomes como: Chico Buarque, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Gal Costa, Elba Ramalho, Alceu Valença, João Bosco, Simone, Djavan e tantos outros, ainda hoje estão na estrada e ainda tentam se superar (embora nem sempre consiga) como se já não tivessem feito o bastante pela música desse país. E justamente pelas memoráveis trajetórias que construíram, lançaram às novas gerações da MPB grandes desafios! Se hoje em dia o mercado fonográfico não permite deixar o comercial de lado (e aí já estou falando de forma geral), que pelo menos seja capaz de caminhar paralelo ao comprometimento com a verdade de cada artista. Que consigam perseguir um objetivo comum, defendendo sua obra acima de tudo e não limitando-a a trabalhos retos, previsíveis, sem emoção só para tentar agradar a uma maioria!


Minha nota pro DVD “Vanessa da Mata – Multishow ao vivo”, pelo lugar privilegiado que ela ocupa hoje na nossa música, não por acaso, é: 6.0! Não passou por média. Só espero não ter que esperar mais seis anos, mais três trabalhos de estúdio para poder vê-la completa num palco, numa nova iniciativa áudio-visual.

Por fim, registro uma poesia linda da cantora, publicada no encarte do seu primeiro cd. Como não tem título, segue apenas o texto:

“É fácil não querer saber, ter medo e fugir
Ser um personagem distante
É fácil beijar quem pouco te mexe
O difícil é tremer
Desejar demais, arder em febre
Ter medo do que não se conhece
De descontrolar-se, de se perder, de se esquecer
Mas seguir adiante
Gelar as mãos
Suar o rosto corado de sangue
Ridicularizar-se
Palpitar o coração
Expor-se frágil dama, sendo homem ou mulher, as dolorosas boas penas
Se dar e as vezes se jogar a um desconhecido qualquer
Num gosto antídoto, intenso
Gostar do atrevimento e do profundo irrompendo
Fazendo-se viver realmente em dobro
Perceber o que não se fazia perceber
É um cisco o provisório demais
Não ser radical e inteiro ao que pode o bem
O bom mesmo é viver a generosidade da entrega
Responder ao aperfeiçoamento que não havia ainda
A soma do que começa e do que finda
A vida e a morte quando se beija
Às vezes coragem é ficar de frente
Tremer e não correr perante o gigante
Se sentir inocente
Sonhar numa plenitude como se tivesse chegado a eternidade
E de nada mais importar-se
Falar palavras tontas numa dicção solene
Sentir o coração rebelde chocalhando, chamando, querendo, pedindo, independentemente
E então não resistir a fome que a alma e o corpo temem
Se ver na letra que a música grita, que antes, careta, não se suportava
Num susto se percebe docemente que agora existe um único sentido
Uma resposta em nenhuma pergunta
Tudo se torna dele
Das intensidades do amor que vão da angústia a felicidade
E é talvez a única arte que a arte transmita ao homem em sua total integridade.”



Vanessa da Mata.

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quarta-feira, 13 de maio de 2009

Quarta da poesia: "Círculo vicioso - Machado de Assis"

"Bailando no ar, gemia inquieto vaga-lume:
- Quem me dera que fosse aquela loura estrela, que arde no eterno azul, como uma eterna vela !

Mas a estrela, fitando a lua, com ciúme:
- Pudesse eu copiar o transparente lume, que, da grega coluna á gótica janela, contemplou, suspirosa, a fronte amada e bela !
Mas a lua, fitando o sol, com azedume:
- Misera ! tivesse eu aquela enorme, aquela claridade imortal, que toda a luz resume !
Mas o sol, inclinando a rutila capela:
- Pesa-me esta brilhante aureola de nume... Enfara-me esta azul e desmedida umbela... Porque não nasci eu um simples vaga-lume?"

Machado de Assis.

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terça-feira, 12 de maio de 2009

Terça de agradecimentos: "Despretenciosamente"

Terça-feira é o dia mais despretencioso da semana no blog. Sento diante do computador com um único compromisso: agradecer as gentilezas registradas ao longo da semana nos coments. E isso eu faço de maneira completamente confortável, pois esses mesmos comentárias são provas de que existe vida nesse espaço! Que esse processo de escrever, lançar na rede pro mundo inteiro ter acesso as suas idéias mais íntimas e depois poder interagir com opiniões diversas é dinâmico, está vivo e faz sentido existir! OBRIGADO por estar lendo agora este post, por estar em sintonia - mesmo que muitas vezes tímida e exporádica - com esse espaço democrático!

E partindo diretamente pros agradecimentos propriamente ditos: Cláudia, brigado de novo! Sinto falta quando não aparece! Você me questionou semana passada se eu estava triste, achou o post meio melancólico, né? Se preocupa, não! A melancolia também é um fator motivador de inspiração! A tristeza também ajuda a produzir! Valeu pelas visitas constantes, pelos comentários SEMPRE gentis...

Josiane! Menina, cê é das minhas, quando começa a escrever não quer mais parar! Seu comentário sobre o texto "Mãe não é tudo igual" é praticamente um novo post! Falou muito bem! Falou e disse! Fez uma excelente complementação da idéia que tentei passar ali, mas que no calor da emoção, acabei deixando alguns exemplos de fora... Seja sempre bem-vinda, dando ao blog um toque feminino todo especial. Brigado mesmo... Ah, quanto aos e-mail´s pra responder, já chegaram outros tantos, se prepara!

Valéria Moura, meu amor! Ainda bem que atendeu ao meu chamado! Já visitou o blog, agora tô lhe esperando aqui em casa com os filmes que me prometeu... Me deixou com água na boca! Quero que me dê o prazer de compartilhar do seu bom humor e bom gosto, breve... Só não entendi o que quis dizer com a frase: "não dói e não é tão difícil quanto uma prova de física!"... Foi referente a alguma coisa que leu? Me tira essa dúvida e VOLTE SEMPRE!

Dos recados mais antigos, tem o do Léo Vilanova, obrigado novamente pela atenção! Tô esperando seu blog sair da manutenção para acompanhar aquelas fotos maravilhosas! Nandita, que anda sumida (e eu também. Vi que existem duas novas postagens enormes lá no "E digo mais", mas não tive tempo pra ler ainda. Mas vou). Nalvinha, apesar de rápido, foi bom falar com você no domingo! Aliás, quando é que vem aqui em casa de novo? Esqueci de perguntar! Um beijo!


É, por hoje acho que é só... Só gostaria de registrar que fui assistir ao filme nacional "Divã" (aquele mesmo que foi comentado aqui várias vezes)! Muito legal! Apesar de uma essência primordialmente feminina, traz situações que servem de reflexão pra todos nós! Sem falar nas gargalhadas, que são garantidas... Bom humor até pra falar de coisa séria, essa é a receita! (Tem também a trilha conora, que ficou sob a responsabilidade de Guto Graça Mello, merece destaque!)

A parte chata do negócio é ver o estado decadente que encontram-se nossas salas de cinema aqui em Maceió! Caras e sujas! Caras e desconfortáveis! Caras e mal conservadas! Caras e com péssimo atendimento! Caras e com filas quilométricas! E digo "caras" por que existem certos "baratos" que saem caro mesmo!

Parece que a gente parou no tempo e que a falta de concorrência nos privou de um conforto que é quase obrigatório e que existe em qualquer outra sala de cinema desse país!
Se o cinema não despertasse na gente uma sensação tão diferenciada, tão especial, tenho certeza que muitos iriam preferir a comodidade das locadoras, que além de mais baratas, ainda disponibilizam ótimos serviços e atualmente abrem todos os dias! Fica aqui o registro da minha indignação!

Boa semana, pessoas!


Jr.

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segunda-feira, 11 de maio de 2009

Notícias do fim de semana: Mãe não é tudo igual!

Ontem foi o dia das mães! Felizes daqueles que puderam abraçar suas genitoras e usufruir do calor de um abraço que não se encontra em nenhum outro abraço. Eu estou entre esses felizardos. Parabéns para todas elas! Parabéns em especial para minha mãe! É inteiramente dedicado a ela o meu post de hoje: Dona Célia, mãe como você não existe, obrigado por tudo que me ensinou e mais, por tudo aquilo que me permitiu escolher ser em nome da minha felicidade! Sem interferências... Sem cobranças!

Sabe, pra ser bem sincero, não compartilho dessa idéia pré-concebida que afirma que todas as mães são iguais e merecem ser coroadas com a área de santa imaculada. Não mesmo, existem muitas exceções por aí! Algumas, definitivamente, não se deixam influenciar nem um pouco pela poesia e força vital que essa função divina emana! Ainda que essas sejam as minorias, infelizmente existem para manchar o ofício de seres humanos tão especiais. Mas nem por isso devemos nos permitir esquecer o que simboliza em nossas vidas a figura protetora e generosa com quem temos a sorte de compartilhar a existência nessa encarnação.

Pensando bem, o fato de não serem uma unanimidade só aumenta o mérito daquelas que, de forma absolutamente incondicional, se lançam sobre suas provações com o maior zelo e dedicação possíveis... e lógico, essas provações tem nome, sobrenome, somos nós, filhos, que como todo bom egoísta, começamos a produzir desde cedo toda sorte de preocupações, fazendo-as “padecer no paraíso”, tornando essa missão de doação ainda mais complicada. Contudo, pra elas, como costumam afirmar em coro uníssono: agradecem pela oportunidade inigualável! São mais que simples matéria – frágil e perecível -, quando imbuídas verdadeiramente da sua condição, tornam-se uma força da natureza, mais, de tão poderosa compõem a própria natureza. Estão entre pássaros, peixes e mamíferos, pois toda sobrevivência depende desses laços de devotamento para perpetuar-se.

“Mãe é a que cria”. Que cria caso, saídas, condições, situações, razões, oportunidades, desculpas, castigos, brincadeiras, conflitos e até o filho que não saiu do seu ventre. Ela cria e recria a vida! Ela é completamente absoluta na arte de amar.

Filho é fogo mesmo. Já a mãe é água. Abranda, mata a sede, lava o corpo e a alma, apaga o fogo e até vira tormenta para manter a ordem nos momentos de caos! O que seria de nós, crias indefesas, sem as nossas nascentes para nos matar a sede? Digo, o que seria de nós sem uma boa e dedicada mãe para nos fazer as vontades? Para nos dar as respostas que necessitamos e que um dia já foram tão essenciais? Quem melhor que elas consegue arrumar soluções tão práticas, tão rápidas, tão providenciais para problemas tão complicados e não cobram sequer um “obrigado”? Ensina a andar, a falar, a ver e encarar o mundo – que é um moinho cheio de falsas promessas. A mulher que dá a outra face quantas vezes forem preciso, que perdoa até o imperdoável, que morre por um filho e que nunca desiste da gente mesmo diante da mais profunda ingratidão. Que se obstina numa missão complexa e árdua que é a de nos dar asas.... e voar junto até ter a certeza que já dominamos a técnica de nos lançarmos confiantes sobre o despenhadeiro da vida. É, mãe também é ar!

Claro, mãe, ao executar sua face ser humano, também erra. Também é terra. Também faz sangrar, mas por um filho entrega-se a julgamentos e condenações. Amargam duras penas. Refazem-se muitas vezes e num ato de grandeza se permitem aprender com os filhos também. Geralmente estão apenas se perdendo entre o excesso de zelo e amor! Mas quando se erra por amor, todo mundo já sabe, Deus perdoa e lhe oferece um novo rumo, novas ferramentas para recomeçar, para tentar outra vez!

Por fim, para que eu possa acabar de entregar todas as rosas antes de concluir essa minha singela homenagem, gostaria de registrar uma passagem emblemática da minha adolescência. Passagem não, lição, grande lição! Estava eu, no auge da minha irritação adolescente, perseguindo minha mãe pelos corredores da casa, fazendo minhas cobranças habituais, exigindo minha parcela de atenção de forma imperativa e aborrecida. Ela se arrumava para sair, estava atrasada, com pressa, mas eu, filho magoado, não lhe dava colher de chá, estava mais que convicto da coerência das minhas exigências. Foi quando ela parou, me olhou nos olhos e disse com sua voz meiga: “Não é só a você que falta atenção, meu filho, hoje é o meu aniversário e ninguém ainda lembrou!”. Juro que isso aconteceu! Silenciei envergonhado e dali em diante nunca mais me permiti duvidar que o amor de mãe é o amor mais atencioso do mundo.


Por fim, só me resta remediar o poeta: "Você diz que seus pais não lhe entendem, mas você não entende seus pais".


Boa semana!

Apolinário Júnior
Música: “Trem da minha vida” (Jorge Vercilo)
Intérprete: Jorge vercilo.

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quinta-feira, 7 de maio de 2009

Quinta do caos:"Deu a louca no tempo"


“O que nós podemos dizer, hoje já com alguma certeza, é que esse tipo de fenômeno extremo, como chuvas abundantes que quebram recordes históricos na Amazônia e no Nordeste, a seca persistente em partes do Sul e no Uruguai e Argentina, é um quadro muito esperado em um planeta que está em aquecimento.” Carlos Nobre - Climatologista.

Hoje pela manhã, no Bom Dia Brasil da TV Globo, assisti um pronunciamento do climatologista Carlos Nobre em relação ao quadro maluco que o clima do Brasil vem apresentando. Enquanto o Norte e o Nordeste, regiões tradicionalmente quentes, submergem sobre as chuvas torrenciais dos últimos dias, o Sul do país, com tradição em invernos rigorosos, geadas, chuvas de granizo e neve, arde com um quadro digno de "Vidas Secas", de Graciliano Ramos!

Segundo ele, o problema está sim ligado ao temido - e as vezes contestado – aquecimento global! Ele bem lembrou que situações assim - de muitas chuvas no nordeste e estiagem no Sul – já foram registradas em outras ocasiões, porém, não com tanta intensidade e geralmente provocados em decorrência de ações com “La Niña”. Para o especialista, os acontecimentos de agora são fenômenos extremos, demasiadamente violentos, provocados pela elevação de temperatura do planeta e em especial do Brasil. O acúmulo de gases de efeito estufa está tornando o mundo mais quente.

No Maranhão, as vítimas passam de 155 mil. No Ceará, mais de cem açudes transbordaram e o resultado são mais de 107 mil pessoas atingidas, sendo que 5.892 estão desabrigados e 12.712 estão alojados em casas de parentes ou amigos. No Piauí, 19 municípios foram atingidos, sendo que 14 já decretaram estado de emergência. Em Salvador ainda não li nada sobre os números, mas não são tão diferentes (Me ajuda aí, Nandita!).
Na região Norte, é no Estado do Amazonas onde se encontra o maior número de municípios atingidos, 38, com 265.958 pessoas afetadas, entre as quais 44.609 estão desalojadas e 9.629 desabrigadas. Segundo as previsões metrológicas, os estados atingidos ainda não podem sair do estado de vigília, principalmente no nordeste, onde as chuvas devem permanecer até o fim de semana.

Agora imagine, por outro lado, a estiagem no Sul é tão assustadora que as Cataratas do Iguaçu, no Paraná, símbolo máximo da abundancia das nossas águas, apresenta hoje um cenário impressionante. O estado enfrenta a pior sêca dos últimos 30 anos e com isso a queda de água que habitualmente conta com uma vazão na ordem de 1,3 a 1,5 milhão de litros por segundo, hoje encontra-se com apenas 300 mil litros por segundo, média que contrasta nitidamente com a habitual. Até parece coisa de filme de Hollywood, digo, um filme de catástrofe “Hollywoodiano” – Se agente for reparar, essas ficções estão ficando cada vez mais realistas. Seria a vida copiando a arte? -. Parece que alguém foi lá e simplesmente "fechou as torneiras" (alguma sugestão de quem teria feito isso?)

Além do cenário desolador e decepcionante para os visitantes, ainda tem o lance do lixo! Sim, não é só na praia onde moro que as pessoas abandonam ou jogam suas porcarias em qualquer lugar, em Foz de Iguaçu também acontece - Eu não disse que o problema é geral? -. Os ambientalistas e voluntários aproveitaram a diminuição no volume das águas nas Cataratas e fizeram uma grande faxina nos lagos, abaixo das cachoeiras. Resultado? O mesmos que eu encontro em Riacho Doce, Maceió- AL: garrafas peti, plásticos, pilhas, guarda-chuva quebrado, cd e pasmem, milhares de moedas! Pois é, nós (enquanto turistas), chegamos nos lugares e pensamos: “Vou levar uma concha pra casa, só uma, não vai fazer falta na natureza”... “Vou por esse caminho proibido, só uma pessoa desrespeitando as regras não vai fazer diferença alguma... “Vou arrancar essa flor, só uma, não vai fazer a menor diferença pra uma mata tão grande”... Se realmente fosse uma única concha, uma única pessoa a burlar as regras ambientais ou a arrancar uma flor de determinada localidade, tava tudo certo!

FOZ DO IGUAÇU ANTES

FOZ DO IGUAÇU HOJE

O problema é que os procedimentos errados se repetem corriqueiramente, a cada nova visita de cada novo turista e no caso de Foz do Iguaçu, o simples hábito – ou tradição - de se jogar uma moeda nos rios, vem causando um grande desequilíbrio no local. A maioria delas está misturada a algas e por esse motivo, impossibilitadas de serem retiradas! Uma só moeda talvez não fizesse diferença, porém, milhares delas ali, enferrujando, de alguma forma comprometerão o ecossistema local!


No Amazonas, as pessoas ilhadas, além de se preocuparem com o volume crescente das águas, precisam estar vigilantes com os animais que também tentam se abrigar. O Repórter do jornal disse: “As pessoas estão ameaçadas por cobras e jacarés que estão cercando as casas”... Em seguida uma senhora dá um depoimento: “Tem muita cobra, ontem mesmo eu matei cinco na árvore”... Pobre das peçonhentas! Só uma mulher matou cinco cobras, enquanto as cobras, segundo os índices oficiais, não mataram ninguém ainda! Nessa proporção, se as coisas continuarem nesse pé, depois que as coisas voltarem ao “normal”, as pessoas no Amazonas precisarão se preparar para enfrentar uma praga de ratos e sapos, que sem as cobras para manter o devido equilíbrio, farão a festa não só nas portas, mas dentro das casas também.

É gente, o mundo tá de cabeça pra baixo! Se correr o bicho pega, se for ficar... melhor mesmo é mudar os hábitos e assumir uma postura mais consciente pelo bem de todos, até das cobras.


Para quem não puder ajudar diretamente, vamos nos concentrar e enviar muita energia positiva para todos que estão passando por essas provações! É só incluir em nossas orações diárias, os rostos sofridos que estampam os noticiários!

Que as coisas possam se ajeitar em breve, que essas pesoas possam reconstruir suas vidas e que a humanidade consiga absorver algo de positivo de suas tragédias, mudando atos e conceitos antigos!

Falei!

Aquele beijo...

Jr.


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quarta-feira, 6 de maio de 2009

Quarta de poesia:"Meu Deus, me dê a coragem", de Clarisse Lispector.


"Meu Deus, me dê a coragem de viver trezentos e sessenta e cinco dias e noites, todos vazios de Tua presença. Me dê a coragem de considerar esse vazio como uma plenitude. Faça com que eu seja a Tua amante humilde, entrelaçada a Ti em êxtase. Faça com que eu possa falar com este vazio tremendo e receber como resposta o amor materno que nutre e embala. Faça com que eu tenha a coragem de Te amar, sem odiar as Tuas ofensas à minha alma e ao meu corpo. Faça com que a solidão não me destrua. Faça com que minha solidão me sirva de companhia. Faça com que eu tenha a coragem de me enfrentar. Faça com que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse plena de tudo. Receba em teus braços meu pecado de pensar."

Quisera eu não ter sumido por tanto tempo! Nem notícias de fim de semana, nem agradecimentos de terça-feira... Comecei os textos, não tive como terminá-los! Estou um verdadeiro relapso, mas matar um leão por dia não é nada fácil! Contudo, aos poucos as coisas estão voltando ao normal (eu disse aos poucos)... Pra variar ainda estou com uma crise de garganta chatíssima! Mas passa, tudo passa...
Beijo Nandita, beijo Cláudia, beijo Valéria Moura que encontrei ontem em Porto Calvo totalmente por acaso!
Beijo grande a todos!

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sábado, 2 de maio de 2009

Notícias!

Desde quarta-feira que não apareço por aqui, que não apareço no meu espaço! Saudades de "blogar"

Acreditem, não foi por falta de vontade... tudo, menos falta de vontade! A velha justificativa de "falta de tempo" é aparentemente a desculpa mais conhecida de todas (e olhe que não exitem poucas), mas é exatamente o que vem acontecendo comigo... Primeiro porque não consigo de jeito nenhum colocar internet lá em casa (escolher viver longe da agitação da cidade tem seus contras também) e isso é bem complicado, pois nenhum processo criativo consegue ser iniciado de dentro de uma lan house lotada de adolescentes barulhentos. Segundo, pelas responsabilidades do trabalho, que esse mês de maio, aumentarão consideravelmente, visto que estarei envolvido na execução de um evento muito importante (depois repasso mais detalhes)...

Contudo, aviso aos navegantes: me afastar dessa minha "cachaça", nem pensar! Mesmo que não consiga estar aqui todos os dias, estarei sim toda semana, no mínimo! Vou aproveitar os dias de folga pra preparar uns textos legais pra semana que vem, só pra não perder a prática!

O fim de semana prolongado caminha como sempre: tranquilo! Muita chuva... cuidado com a gripe suina, se depender da mídia e o seu terrorismo, ela vai contaminar todo mundo!

Ah, a novidade boa é o primeiro DVD de Vanessa da Mata... até que enfim saiu: R$39,99 nas Lojas Americanas (foi só onde encontrei)! Depois faço minhas considerações! O filme "Divã", baseado no livro de Martha Medeiros, com Lília Cabral (que nossa amiga Josiane indicou num dos comentários a pouco tempo) já está em cartaz no Iguatemi! Pra mim, ele apresenta três ótimos motivos para ser visto: Martha Medeiros, Lília Cabral e Josiane, que é uma garota super antenada! Espero que a falta de salas de cinema na cidade não antecipe a saída de cartaz, pois pretendo assistí-lo só na semana que vem!

Segunda-feira, "dia de branco", estarei por aqui!
Beijos a todas (os)
Jr.

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