segunda-feira, 31 de maio de 2010

'EU ESTOU AQUI'

"Quem é vivo sempre reaparece"!


Como costumo repetir toda segunda-feira: voltei. Para quem não se recorda do motivo da ausência, estive afastado esses dias por conta da minha participação na 5º Edição do Salão de Turismo, que aconteceu no período de 26 à 30/05 no Anhembi, em Sampa.

É claro que possivelmente a viagem à São Paulo irá render alguns posts, mesmo imaginando que uma grande metrópole como essa talvez “não seja mais segredo pra ninguém” (ou não). Sabe, uma das coisas que me chamou  a atenção, foi perceber que muitos paulistas (e paulistanos) curiosamente talvez não conheçam boa parte do acervo cultural de sua cidade. Sim, percebi isso tanto ao conversar com amigos, quanto ao pedir informações nas ruas... alguns me diziam: “acho que é aquele que fica logo ali, mas não tenho certeza não...”, ou seja, passavam todo dia na porta da Pinacoteca ou no Museu da Língua Portuguesa, por exemplo e não sabiam ao certo do que se tratava, entende? Como se não tivessem tempo disponível para descobrir a magia existente nesses lugares (algum cidadão paulistano de plantão para me confirmar isso?rs). Pois bem, assim que conseguir reanimar meu PC, que ontem, após receber a transferência das fotos da viagem - e deletá-las da máquina - apresentou uma pane cardíaca misteriosa. Até lá, vamos as duas dicas de hoje:

“O Poeta da voz”...

 

Queria indicar pra vocês um livro fantástico que acabei de comprar (e quase devoro por completo no trajeto São Paulo/Maceió): “Histórias das Minhas Canções - Paulo César Pinheiro”, Ed. Leya, 2010! Para muitos, tal personalidade dispensa comentários, mas para quem por ventura não conhece (ou reconhece) o poeta, ele é simplesmente um dos maiores compositores da música popular brasileira e em especial, do samba brasileiro! Dos seus 14 anos até hoje, PC já soma mais de 2.000 composições, muitas delas encomendadas e interpretadas por Elis Regina, Clara Nunes, Maria Bethânia, Simone e tantos, tantos outros medalhões! Ente os parceiros de composição, nomes como: Baden Powell, João Nogueira, Dorival Caymmi, Pixinguinha, Tom Jobim, D. Ivone Lara, Joyce, Lenine, em diferentes épocas da nossa música.

O livro fala justamente sobre essas diferentes fases! Paulo César conta de forma informal e bem humorada, detalhes interessantíssimos do seu processo de criação e até curiosidades dos bastidores da música. Aproveito para compartilhar que as ‘quartas da poesia’ de junho serão todas dedicadas a esse poeta brasileiro, inclusive destacando quatro das melhores histórias do livro! Taí uma ótima oportunidade para mergulhar nesse universo mágico pelas mãos de um grande gênio!

“O poeta da voz 2”...

Pra complementar a dica de leitura anterior, indico pra vocês agora o novo cd de Selma Reis, batizado “O poeta da voz”, um tributo, claro, ao próprio PC! Particularmente falando, adoro a voz potente de Selma e seu jeito original de cantar. Sempre gostei, embora reconheça que, devido ao seu estilo mais clássico - e seus poucos registros em cd -, seu canto não representa nenhuma unanimidade... sei que não são todos que a admiram ou conhecem! Bem, dada as devidas proporções, sugiro esse trabalho como uma ótima opção de música de alto nível. O Cd está lindo, traz arranjos excelentes em 15 canções, entre elas: “Banho de Manjericão”, “As forças da Natureza”, “Bolero de Satã”, “Portela na Avenida”.

As participações especiais ficaram por conta de Beth Carvalho, Diogo Nogueira e do próprio Pinheiro, declamando um LINDO poema na faixa: ‘Ofício’! Confesso que depois de ter lido o livro sobre a história de algumas dessas canções, a proposta de Selma ficou ainda mais linda!



É isso, gente boa. Tava com uma saudade danada de blogar e cheio de planos também para os próximos capítulos... assim que a assistência técnica da minha "ferramenta de trabalho" me der ma boa notícia atualizo o marcador "Pelas ruas que andei", ok?

Agora deixa eu ir visitar os amigos em seus blogs, pra ninguém achar que sumi de vez... obrigado aos que estiveram aqui na minha ausência!
Beijo de boa semana!
Jr Vilanova! 

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quarta-feira, 26 de maio de 2010

'ABC DO NORDESTE FRAGELADO'




"A — Ai, como é duro viver
nos Estados do Nordeste
quando o nosso Pai Celeste
não manda a nuvem chover.
É bem triste a gente ve
findar o mês de janeiro
depois findar fevereiro
e março também passar,
sem o inverno começar
no Nordeste brasileiro.
B — Berra o gado impaciente
reclamando o verde pasto,
desfigurado e arrasto,
com o olhar de penitente;
o fazendeiro, descrente,
um jeito não pode dar,
o sol ardente a queimar
e o vento forte soprando,
a gente fica pensando
que o mundo vai se acabar.


C — Caminhando pelo espaço,
como os trapos de um lençol,
pras bandas do pôr do sol,
as nuvens vão em fracasso:
aqui e ali um pedaço
vagando... sempre vagando,
quem estiver reparando
faz logo a comparação
de umas pastas de algodão
que o vento vai carregando.
D — De manhã, bem de manhã,
vem da montanha um agouro
de gargalhada e de choro
da feia e triste cauã:
um bando de ribançã
pelo espaço a se perder,
pra de fome não morrer,
vai atrás de outro lugar,
e ali só há de voltar,
um dia, quando chover.
E — Em tudo se vê mudança
quem repara vê até
que o camaleão que é
verde da cor da esperança,
com o flagelo que avança,
muda logo de feição.
O verde camaleão
perde a sua cor bonita
fica de forma esquisita
que causa admiração.
F — Foge o prazer da floresta
o bonito sabiá,
quando flagelo não há
cantando se manifesta.
Durante o inverno faz festa
gorjeando por esporte,
mas não chovendo é sem sorte,
fica sem graça e calado
o cantor mais afamado
dos passarinhos do norte.
G — Geme de dor, se aquebranta
e dali desaparece,
o sabiá só parece
que com a seca se encanta.
Se outro pássaro canta,
o coitado não responde;
ele vai não sei pra onde,
pois quando o inverno não vem
com o desgosto que tem
o pobrezinho se esconde.
H — Horroroso, feio e mau
de lá de dentro das grotas,
manda suas feias notas
o tristonho bacurau.
Canta o João corta-pau
o seu poema funério,
é muito triste o mistério
de uma seca no sertão;
a gente tem impressão
que o mundo é um cemitério.
I — Ilusão, prazer, amor,
a gente sente fugir,
tudo parece carpir
tristeza, saudade e dor.
Nas horas de mais calor,
se escuta pra todo lado
o toque desafinado
da gaita da seriema
acompanhando o cinema
no Nordeste flagelado.
J — Já falei sobre a desgraça
dos animais do Nordeste;
com a seca vem a peste
e a vida fica sem graça.
Quanto mais dia se passa
mais a dor se multiplica;
a mata que já foi rica,
de tristeza geme e chora.
Preciso dizer agora
o povo como é que fica.
L — Lamento desconsolado
o coitado camponês
porque tanto esforço fez,
mas não lucrou seu roçado.
Num banco velho, sentado,
olhando o filho inocente
e a mulher bem paciente,
cozinha lá no fogão
o derradeiro feijão
que ele guardou pra semente.
M — Minha boa companheira,
diz ele, vamos embora,
e depressa, sem demora
vende a sua cartucheira.
Vende a faca, a roçadeira,
machado, foice e facão;
vende a pobre habitação,
galinha, cabra e suíno
e viajam sem destino
em cima de um caminhão.
N — Naquele duro transporte
sai aquela pobre gente,
agüentando paciente
o rigor da triste sorte.
Levando a saudade forte
de seu povo e seu lugar,
sem um nem outro falar,
vão pensando em sua vida,
deixando a terra querida,
para nunca mais voltar.
O — Outro tem opinião
de deixar mãe, deixar pai,
porém para o Sul não vai,
procura outra direção.
Vai bater no Maranhão
onde nunca falta inverno;
outro com grande consterno
deixa o casebre e a mobília
e leva a sua família
pra construção do governo.
P - Porém lá na construção,
o seu viver é grosseiro
trabalhando o dia inteiro
de picareta na mão.
Pra sua manutenção
chegando dia marcado
em vez do seu ordenado
dentro da repartição,
recebe triste ração,
farinha e feijão furado.
Q — Quem quer ver o sofrimento,
quando há seca no sertão,
procura uma construção
e entra no fornecimento.
Pois, dentro dele o alimento
que o pobre tem a comer,
a barriga pode encher,
porém falta a substância,
e com esta circunstância,
começa o povo a morrer.
R — Raquítica, pálida e doente
fica a pobre criatura
e a boca da sepultura
vai engolindo o inocente.
Meu Jesus! Meu Pai Clemente,
que da humanidade é dono,
desça de seu alto trono,
da sua corte celeste
e venha ver seu Nordeste
como ele está no abandono.
S — Sofre o casado e o solteiro
sofre o velho, sofre o moço,
não tem janta, nem almoço,
não tem roupa nem dinheiro.
Também sofre o fazendeiro
que de rico perde o nome,
o desgosto lhe consome,
vendo o urubu esfomeado,
puxando a pele do gado
que morreu de sede e fome.
T — Tudo sofre e não resiste
este fardo tão pesado,
no Nordeste flagelado
em tudo a tristeza existe.
Mas a tristeza mais triste
que faz tudo entristecer,
é a mãe chorosa, a gemer,
lágrimas dos olhos correndo,
vendo seu filho dizendo:
mamãe, eu quero morrer!
U — Um é ver, outro é contar
quem for reparar de perto
aquele mundo deserto,
dá vontade de chorar.
Ali só fica a teimar
o juazeiro copado,
o resto é tudo pelado
da chapada ao tabuleiro
onde o famoso vaqueiro
cantava tangendo o gado.
V — Vivendo em grande maltrato,
a abelha zumbindo voa,
sem direção, sempre à toa,
por causa do desacato.
À procura de um regato,
de um jardim ou de um pomar
sem um momento parar,
vagando constantemente,
sem encontrar, a inocente,
uma flor para pousar.
X — Xexéu, pássaro que mora
na grande árvore copada,
vendo a floresta arrasada,
bate as asas, vai embora.
Somente o saguim demora,
pulando a fazer careta;
na mata tingida e preta,
tudo é aflição e pranto;
só por milagre de um santo,
se encontra uma borboleta.
Z — Zangado contra o sertão
dardeja o sol inclemente,
cada dia mais ardente
tostando a face do chão.
E, mostrando compaixão
lá do infinito estrelado,
pura, limpa, sem pecado
de noite a lua derrama
um banho de luz no drama
do Nordeste flagelado.
Posso dizer que cantei
aquilo que observei;
tenho certeza que dei
aprovada relação.
Tudo é tristeza e amargura,
indigência e desventura.
— Veja, leitor, quanto é dura
a seca no meu sertão."

Patativa do Assaré.

Outras palavras...

Impressionante, não? Analisando as palavras de Patativa dá pra entender tanta coisa! Aqui ele foi professor... eis uma poesia que bem poderia ser um canto de lamento! Nós, que através das notícias dos telejornais olhamos para miséria do mundo, por vezes nos esquecemos que aqui, bem perto de nós, o nosso sertão também arde! Apontamos toda a tristeza  alheia, vista através de  grandes  mazelas mundiais como se  fosse uma realidade distante. Através da realidade exposta por  esse mensageiro da vida,  conseguimos nos aproximarmos dos sentimentos de um povo que chora calado, que sofre esquecido, que dorme e acorda conformado com a dor, que para eles  parece  algo  definitivo! E estão tão perto de nós... irmãos que apesar das humilhações e do sofrimento, não desistem da vida, nem do seu lugar. Haja força para viver e para extrair poemas de um cenário tão cruel!

Como bem disse Assaré, que bom que em recantos esquecidos desse país, ainda brotam flores perfumadas, e mais,  floristas interessados em recolhê-las e compartilhá-las conosco, num gesto muitas vezes inconsciente de grandeza de alma!  Definitivamente, "isso sim é que é viver"!

Fiquei encantado com tudo que descobri até aqui, espero que para vocês também tenha sido prezeroso!

Beijos nordestinos.
Jr Vilanova. 

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segunda-feira, 24 de maio de 2010

'TEMA LIVRE'



Tô chegando, hein...

Mais uma semana de vida! Já agradeceram por isso? Olha a mensagem de ontem... cês leram, cês viram! Pra começo de converça,  me digam como  foi  o   fim de semana... Novidades para compartilhar? É esse o momento... mas logo estarei nos blogs dos amigos para descobrir isso... inclusive, tenho visto muita coisa linda durante essas minhas visitas,  parabéns a todos! Aproveito para agradecer os últimos comentários e a parceria de sempre. E por falar em parceria, vamos iniciar os trabalhos:


Um novo convite...

Novos 'Contatos Imediatos'! Pela segunda vez em 2010,  fui gentilmente convidado pela professora Juliana Araújo para  mais um  bate-papo. Dessa vez, com os alunos do terceiro período de Turismo da Faculdade FAA, na Unidade São Luís aqui em Maceió. Durante a nossa proveitosa conversa informal, fui muito bem recebido pelos futuros turismólogos, e pude, ao lado de outros profissionais como Angélica Fialho e Roseane Alves, trocar idéias e expor um pouco da minha experiência de 10 anos nessa área! Acredito que todos nós ali presentes ganhamos com isso.
Como forma de agradecimento, exponho alguns momentos  do encontro, que aconteceu  na  última quarta-feira, 19/05! Um abraço a todos pelo convite e pela receptividade. Eis os que compõe o futuro do turismo em Alagoas (sorte, gente!):

1-Iniciando o bate-papo; 2-Com Angélica Fialho e Roseane; 3- Professora Juliana Araújo durante o evento; 4-6 -Alunos interagem com os assuntos abordados.




Aproveitando o assunto,  destaco que essa semana estarei participando da V Edição do Salão de Turismo - Roteiros do Brasil. O evento, promovido pelo Governo Federal por meio do Ministério do Turismo,  acontecerá em São Paulo, no Anhembi, de 26 À 30/05 . No local, standes estarão expondo   os principais  destinos do nosso país, e, simultaneamente ,  acontecerão  palestras, mini-cursos, oficinas e muito mais. Sem dúvidas um dos melhores eventos  do gênero no Brasil. Ah,  a entrada é gratuita, a programação também! Eu não vou perder e aguardem muitos posts dessa viagem. Quem estiver em Sampa na data, recomendo uma visita também!


Bom, bonito e barato...


"MOMENTO DECORA BRASIL" no blog! (rs) Como os assuntos na segunda-feira costumam ser livres, gostaria de aproveitar e quem sabe despertá-los para uma dica interessante: móveis de gesso! Seguindo uma  sugestão amiga, resolvi aproveitar  a  dica e cá estou, bem satisfeito com o resultado.
Lógico, primeiramente essa  seria uma opção para aqueles que, como eu nesse momento, não  desejam  gastar  muito  com  decoração!  A estante de gesso que vocês estão vendo pronta na foto acima, foi  a  saída mais econômica que encontrei para resolver o problema dos meus livros, discos e dvds espalhados pela casa! Desejei otimizar o espaço da parede de um dos  quartos do ap,  que brevemente transformarei em escritório (um cantinho tranquilo para ouvir música, trabalhar, blogar etc). 

As três etapas da construção da 'estante de gesso', minha nova descoberta.

Ter um móvel assim em casa é algo rápido, prático e econômico. Fiz questão de acompanhar todo o processo de construção, desde a montagem das placas - que, acreditem, são chumbadas na parede - até o momento em que a estante tomou forma! Daí em diante assumimos os trabalhos e fizemos toda parte de acabamento... esperar secar, lixar, impermeabilizar, emassar, lixar novamente e finalmente pintar... um baita exercício terapêutico (taí mais uma vantagem!). 
De acordo com a sua criatividade, móveis de gesso podem ser  belíssimos (estante, home theater, roupeiro, base para sofá, base para mesa, cama, rack...), podem ser pintados com coberturas comuns ou ainda com trabalhos do tipo marmorização, pátina, textura, etc. O mercado já até disponibiliza  uma  tinta específica para esse tipo de material, que ajuda pra caramba a impermeabilizar! E aí, curtiram o resultado? Ficou bonito, não ficou? Então, "fica a dica"!


Quem advinha...


E pra terminar, vamos descontrair. Divido com vocês a minha mais recente  descoberta: vejam na foto acima, com o que me deparei enquanto fazia minha caminhada à beira-mar... Lindo demais, não? Vocês aí por acaso sabem do que se trata? Já dei uma pista importante: tem a ver com mar! Dêem seus palpites, façam suas apostas que se ninguém souber, amanhã revelo do que de fato se trata a foto!


Bem, missão cumprida!
'Vamo que vamo, que dá'... sempre dá!
Jr Vilanova.


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domingo, 23 de maio de 2010

'REFLEXÕES'


"Hoje levantei cedo pensando no que tenho a  fazer antes que o relógio marque meia noite. É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje.

Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição.
Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício.
Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo.
Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido.
Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho.

Posso sentir tédio com o trabalho doméstico ou agradecer a Deus.
Posso lamentar decepções com amigos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades.
Se as coisas não saíram como planejei posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar.
O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser.
E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma.
Tudo depende só de mim."
Charles Chaplin.

Outras palavras...

O texto de hoje não está aqui por nenhuma razão especial. Está fazendo parte do blog simplesmente porque é lindo! Acho que esse já é um motivo mais que justificável! Lembrei agora sobre o que disse minha amiga Lis em certa feita num de seus comentários: "pesquiso com dedicação e escolho entre os inúmeros poetas, independente da nacionalidade, um poema que me toca naquele dia, naquele momento"... acho que blogar é isso, né? Se deixar levar pelas emoções. Achei o texto de Charles Chaplin durante uma pesquisa despretensiosa na internet. Parei, li, as palavras me tocaram e então resolvi trazê-las para compartilhá-las com vocês!

Beijos a todos e cada um!
Jr Vilanova.

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sexta-feira, 21 de maio de 2010

TOP 10: "PEDRO MARIANO'

Pra mim, se  existe um dia que precisa ser musical, esse dia é a sexta-feira. Concordam  comigo? É que  a sexta traz   consigo  uma  atmosfera toda especial de liberdade, algo que nenhum outro dia da semana tem. Afinal (e de modo geral)  é o dia que antecede nossos sagrados  (e merecidos)  momentos de ócio! É como se a música representasse o início de uma comemoração qualquer... na sexta eu já acordo diferente, mais animado e ligar o som é um dos primeiros movimentos antes de escovar os dentes. A música então, simboliza uma merecida homenagem  a  nós  que doamos nossas vidas e nossas inteligências para o crescimento desse país (viu só como somos importantes?). 


O escolhido para embalar a trilha sonora do  meu dia  hoje foi  Pedro Camargo Mariano, ou simplesmente, Pedro Mariano. Para alguns, a  maior referência que possuem  desse talentoso artista provém de seus pais famosos: o maestro  Cesar Camargo Mariano  e a inconfundível  Elis Regina, embora sua trajetória reserve outras tantas surpresas.
Pedro começou oficialmente a carreira em 1997, após assinar contrato com sua primeira grande gravadora, a Sony, contudo, o reconhecimento merecido de seu trabalho só se deu  anos mais tarde, já na gravadora TRAMA. Com o cd "Voz no Ouvido", recebeu a indicação ao Grammy Latino 2001, na categoria "Melhor Disco Pop Contemporâneo Brasileiro" e conquistou o Disco de Ouro por 100.000 cópias vendidas.  De lá pra cá Pedro só amadureceu! Sua obra atualmente  reúne uma discografia que conta com seis cd´s, um projeto especial e um dvd, gravado ao vivo em 2005! 


E é por acompanhar e admirar o talento desse excelente interprete a bastante tempo que resolvi trazê-lo pro 'TOP 10'! Acho que para uma breve introdução, já expus o suficiente. As músicas podem ser baixadas separadamente como vocês podem perceber!

2. Voz no ouvido(Jair Oliveira)
3. Intuição(Otávio de Morais)
7. Intacto(Jair Oliveira)
8. Postal(Cassiano)
10. Se você pensa(Roberto Carlos/Erasmo Carlos)(ao vivo)

Bônus:

Agora só me resta desejar um bom fim de semana a todos!
Sejam felizes, ok? Isso é o mais importante.
Jr Vilanova.

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quinta-feira, 20 de maio de 2010

'UM VENENO PARA A CIÊNCIA'

Volto nessa quinta para me solidarizar!



Como sabemos, no último dia 15 de maio, o laboratório de répteis do Butantã (ou Butantan), em São Paulo, foi atingido por um lamentável incêndio que pôs fim  ao acervo de mais de 70 mil espécies de cobras, aranhas e escorpiões, muitas  já extintas, mas cuidadosamente conservadas em formol (substância altamente inflamável!). Sm, eu falei 70 mil exemplares... não fora por acaso que o Instituto recebeu reconhecimento internacional na  área  da construção de fábricas e na produção de soros e vacinas. Não há dinheiro nenhum no mundo que pague tal prejuízo, mas sequer uma breve estimativa dessa perda fora contabilizada, até porque seus pesquisadores e funcionários, ainda se encontram muito abalados com o que aconteceu e  sequer sabem por onde começar esse trabalho, afinal, estamos falando  do maior acervo de cobras do país  e um dos maiores do mundo! É de doer no coração de qualquer um!


Agora chegou a minha vez de questionar! Mediante o valor científico incalculável que esse acervo possuía, será mesmo que o poder público deu a ele a devida e merecida atenção? Para alguns meios de comunicação, não! Após o incêndio, reportagens de reconhecida credibilidade - como o jornal 'O Estado de São Paulo' - apontaram falhas e descaso que podem ter contribuído para um incidente tão dramático. Uma matéria recente desse jornal (link abaixo) aponta sérios problemas encontrados em  boa parte da estrutura do Butantã, incluindo nesse rol, o Prédio da Biblioteca, considerado o "cartão-postal" do local. A matéria afirma: "Há goteiras, infiltrações e cupins por todos os lados. Uma sala está sem teto e teve de ser interditada no início do ano por causa de um deslocamento de vigas. Sem instalações adequadas para trabalhar, funcionários recorrem a gambiarras elétricas. Há até um morcego que vive no porão, apelidado de Juquinha. No mesmo prédio funciona, indevidamente, o setor de farmacologia".
  


Se formos parar um pouco para analisarmos a coerência dessas denúncias, fatalmente nos lembraremos que  tal  negligência pública em relação as nossas preciosidades históricas, geográficas, científicas etc, infelizmente, não é uma exclusividade do Instituto! Basta lançarmos o olhar, por exemplo, para o estado de conservação de muitas das bibliotecas públicas do nosso país, de museus mantidos pelo governo (ou alvo de descaso por parte dos mesmos), laboratórios de universidades, entre outros... todos, com muita frequencia, são abandonados e  até condenados por  falta de investimentos, comprometimento público e responsabilidade social com o nosso patrimônio!


O caso do Butantã deixou muitos laboratórios brasileiros em alerta, visto que a  falta de apoio à conservação do patrimônio histórico natural do nosso país é geral! Além dos obrigatórios extintores, nenhum dos grandes museus de zoologia conta com sistemas adequados de combate a incêndios e se é assim, estaremos, por muito tempo ainda, ameaçando nosso passado científico e, principalmente, nosso futuro.


Pelo que li, me parece que o Ministério do Meio Ambiente (MMA) resolveu ajudar nesse sentido e já se organiza para pedir maior apoio à conservação desses acervos biológicos... até lá, todo cuidado é pouco! Fica então registrada minha denúncia ao tempo em que  lanço a vocês um ponto de reflexão que considero de suma importância para sobrevivência de nossa identidade biológica, científica, estendendo isso a nossa cultura e história! As eleições estão aí, grandes promeças serão feitas e em poucas delas encontraremos preocupações dessa natureza, o que talvez nos sirva de incentivo para uma escolha mais coerente! Entendo que esse assunto também deve ser uma prioridade, do contrário será "mais do mesmo". Fiquemos atentos! 

O beijo de hoje é exclusivo para Josi, do Blog 'Diário de Bordo', que gentilmente sugeriu o tema dessa quinta... brigado pela oportunidade, amoreco!

Jr Vilanova.

Outros links sobre o assunto:

- http://parana-online.com.br/editoria/pais/news/448298/?noticia=FOGO+NO+BUTANTA+EXPOE+ABANDONO+DO+SETOR+DE+PESQUISA

http://www.uai.com.br/htmls/app/noticia173/2010/05/18/noticia_nacional,i=160190/INCENDIO+NO+BUTANTAN+POE+MUSEUS+DE+ZOOLOGIA+EM+ALERTA.shtml

- http://opovo.uol.com.br/brasil/984284.html

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