segunda-feira, 11 de maio de 2009

Notícias do fim de semana: Mãe não é tudo igual!

Ontem foi o dia das mães! Felizes daqueles que puderam abraçar suas genitoras e usufruir do calor de um abraço que não se encontra em nenhum outro abraço. Eu estou entre esses felizardos. Parabéns para todas elas! Parabéns em especial para minha mãe! É inteiramente dedicado a ela o meu post de hoje: Dona Célia, mãe como você não existe, obrigado por tudo que me ensinou e mais, por tudo aquilo que me permitiu escolher ser em nome da minha felicidade! Sem interferências... Sem cobranças!

Sabe, pra ser bem sincero, não compartilho dessa idéia pré-concebida que afirma que todas as mães são iguais e merecem ser coroadas com a área de santa imaculada. Não mesmo, existem muitas exceções por aí! Algumas, definitivamente, não se deixam influenciar nem um pouco pela poesia e força vital que essa função divina emana! Ainda que essas sejam as minorias, infelizmente existem para manchar o ofício de seres humanos tão especiais. Mas nem por isso devemos nos permitir esquecer o que simboliza em nossas vidas a figura protetora e generosa com quem temos a sorte de compartilhar a existência nessa encarnação.

Pensando bem, o fato de não serem uma unanimidade só aumenta o mérito daquelas que, de forma absolutamente incondicional, se lançam sobre suas provações com o maior zelo e dedicação possíveis... e lógico, essas provações tem nome, sobrenome, somos nós, filhos, que como todo bom egoísta, começamos a produzir desde cedo toda sorte de preocupações, fazendo-as “padecer no paraíso”, tornando essa missão de doação ainda mais complicada. Contudo, pra elas, como costumam afirmar em coro uníssono: agradecem pela oportunidade inigualável! São mais que simples matéria – frágil e perecível -, quando imbuídas verdadeiramente da sua condição, tornam-se uma força da natureza, mais, de tão poderosa compõem a própria natureza. Estão entre pássaros, peixes e mamíferos, pois toda sobrevivência depende desses laços de devotamento para perpetuar-se.

“Mãe é a que cria”. Que cria caso, saídas, condições, situações, razões, oportunidades, desculpas, castigos, brincadeiras, conflitos e até o filho que não saiu do seu ventre. Ela cria e recria a vida! Ela é completamente absoluta na arte de amar.

Filho é fogo mesmo. Já a mãe é água. Abranda, mata a sede, lava o corpo e a alma, apaga o fogo e até vira tormenta para manter a ordem nos momentos de caos! O que seria de nós, crias indefesas, sem as nossas nascentes para nos matar a sede? Digo, o que seria de nós sem uma boa e dedicada mãe para nos fazer as vontades? Para nos dar as respostas que necessitamos e que um dia já foram tão essenciais? Quem melhor que elas consegue arrumar soluções tão práticas, tão rápidas, tão providenciais para problemas tão complicados e não cobram sequer um “obrigado”? Ensina a andar, a falar, a ver e encarar o mundo – que é um moinho cheio de falsas promessas. A mulher que dá a outra face quantas vezes forem preciso, que perdoa até o imperdoável, que morre por um filho e que nunca desiste da gente mesmo diante da mais profunda ingratidão. Que se obstina numa missão complexa e árdua que é a de nos dar asas.... e voar junto até ter a certeza que já dominamos a técnica de nos lançarmos confiantes sobre o despenhadeiro da vida. É, mãe também é ar!

Claro, mãe, ao executar sua face ser humano, também erra. Também é terra. Também faz sangrar, mas por um filho entrega-se a julgamentos e condenações. Amargam duras penas. Refazem-se muitas vezes e num ato de grandeza se permitem aprender com os filhos também. Geralmente estão apenas se perdendo entre o excesso de zelo e amor! Mas quando se erra por amor, todo mundo já sabe, Deus perdoa e lhe oferece um novo rumo, novas ferramentas para recomeçar, para tentar outra vez!

Por fim, para que eu possa acabar de entregar todas as rosas antes de concluir essa minha singela homenagem, gostaria de registrar uma passagem emblemática da minha adolescência. Passagem não, lição, grande lição! Estava eu, no auge da minha irritação adolescente, perseguindo minha mãe pelos corredores da casa, fazendo minhas cobranças habituais, exigindo minha parcela de atenção de forma imperativa e aborrecida. Ela se arrumava para sair, estava atrasada, com pressa, mas eu, filho magoado, não lhe dava colher de chá, estava mais que convicto da coerência das minhas exigências. Foi quando ela parou, me olhou nos olhos e disse com sua voz meiga: “Não é só a você que falta atenção, meu filho, hoje é o meu aniversário e ninguém ainda lembrou!”. Juro que isso aconteceu! Silenciei envergonhado e dali em diante nunca mais me permiti duvidar que o amor de mãe é o amor mais atencioso do mundo.


Por fim, só me resta remediar o poeta: "Você diz que seus pais não lhe entendem, mas você não entende seus pais".


Boa semana!

Apolinário Júnior
Música: “Trem da minha vida” (Jorge Vercilo)
Intérprete: Jorge vercilo.

2 comentários:

Josianne disse...

OI Jr. saudades daqui! E que bom voltar a deixar comentários num post tão bonito, não é mesmo? Eu olho para a minha mãe e não sei como começar a falar dela, e nem sei a hora q devo parar, são tantas coisas para citar...
Também não concordo com essa expressão que todas são iguais, por todo um histórico, por todo um entendimento humano, q nem sempre todas tem, algumas a razão fala mais alto,fazendo com que coisas pequenas ganhe um grande espaço,outras são 100% coração, que buscam a felicidade dos filhos sem nem mesmo querer satisfações,se estão felizes,então ponto final. Mas é bom essa diversidade, acredito que equilibra cada tipo de filho,cada história resolvida ou mal resolvida,né?
Desejo muita saúde pra sua mãe! E que o dia das mães seja comemorado todos os dias, num telefonema carinhoso, num abraço constante,num EU TE AMO... numa cumplicidade!!!
Bjão Jr.

Josianne disse...

Ah! Esqueci. Zerei o e-mail sexta-feira! kkkkkkkk fiquei tão feliz,sair do Sesc sem querer olhar pra cara de um e-mail!!!

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