sábado, 19 de novembro de 2011

NÃO SOU BOM!


Pra não perder o costume, resolvi analisar alguns posicionamentos e esses prometem ser bem polêmicos. Não demorou e veio a primeira conclusão: não sou uma pessoa boa! Deve ser difícil ler isso sem se assustar um pouco, mas explicar nem tanto...

É que acredito estar muito mais apto ao papel de justo, do que de bom. Aliás, devo confessar, nem simpatizo muito com os bonzinhos - embora reconheça que também precise de um bonachão por perto quando as coisas dão errado. O bom é aquele que tudo entende, tudo perdoa, faz o bem sem olhar a quem e oferece o outro lado da face quando agredido. Já o justo é diferente, não se impressiona com facilidade, costuma ser mais crítico e só se comove quando uma boa intenção se sobrepõe nitidamente ao erro. Quando o fim justifica os meios.

Consegui ser claro? Ah, e não ser relativamente bom também não quer dizer que você seja necessariamente ruim! Exemplo trivial: se vejo no telejornal alguém sofrendo por ter ficado tetraplégico depois de dirigir embriagado, dificilmente me compadeço. Causa e efeito, ponto. Mas se a próxima notícia mostrar alguém que perdeu a unha do dedão direito por um erro médico, não demora pra que eu me solidarize. Se a pessoa disser que precisará usar um sapato fechado na segunda-feira, então...

Taí a diferença do bom e do justo. Outro ótimo exemplo dos bons são os pais... ou a maioria deles. Em especial as mães, que tudo perdoam, que minimizam nossos defeitos, tomam nosso partido antes mesmo de entender em o que está acontecendo. Não conheço bondade maior depois de Maria, Madre Teresa de Calcutá e Irmã Dulce. Justo é o mundo lá fora, que não faz distinção e que segue ensinando, tanto pelo amor, quanto pela dor. Que impele cada um de nós a fazermos escolhas e depois nos obriga a arcar com as consequências. Não conheço precisão maior depois de João Dória Júnior, Roberto Justos e Max Gehringer: “Você está demitido”!

Na vida real precisamos nos reconhecer nesse processo, assumir um papel. E fique tranquilo que existe lugar reservado para todos. O mundo pra ser mundo precisa tanto dos bons, quanto dos justos, de outro modo sairá dos eixos. Quer saber, talvez seja nesse equilíbrio de amor e responsabilidades, doações e cobranças, que possamos encontrar a verdadeira face da bondade!

Fui...

Jr Vilanova.

1 Comentário:

Renan disse...

Bondade e justiça, aspectos importantes em nossa vida social/coletiva. Os bons também são justo, quem abusa da bondade alheia,manifesta no bom a justa posição de mudar o comportamento com aquele(a) individuo, quer dizer, olha os dois aspectos juntos!... Porem, o justo é imparcial, tem mais facilidade para o questionamento, coisa que talvez o bom tenha um pouco de dificuldade para agir. Mas, polemica a parte façamos em nós uma avaliação do nosso comportamento. Enfim, vivendo e aprendendo, isso é evoluir!....

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