“É preciso estar atento e forte”. Desde que a ouvi pela primeira vez, nunca me esqueci da frase de Caetano Veloso, nem da voz de Gal Costa repetindo-a na música “Divino maravilhoso”... “Tudo é perigoso, tudo é divino, maravilhoso”! Sugere o ensinamento. Bem, mas música não é o assunto da ‘quinta do caos’ de hoje...
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Para os que não acompanharam os últimos acontecimentos telejornalísticos, o resumo da ópera é o seguinte: um grupo de 18 apostadores fechou um “bolão”, visando o prêmio de R$ 53,3 milhões oferecidos no concurso 1.155 da Mega-Sena. Ao conferir o resultado, contrariando qualquer expectativa pessimista, os integrantes do bolão mal puderam acreditar: estavam milionários!
Tudo parecia perfeito se não fosse outro importantíssimo detalhe que logo fora divulgado: para Caixa Econômica Federal não existiam ganhadores! Na busca desesperada por explicações, várias possibilidades foram levantadas: má fé, estelionato e por último, erro humano! Pelas evidências divulgadas, acertou quem apostou na terceira opção.
Devido a alguma dessas armadilhas do destino - que andam soltas por aí a procura da próxima vítima -, neste exato momento, a funcionária da casa lotérica “Esquina da Sorte” de Novo Hamburgo, na região metropolitana de Porto Alegre, deve estar vivendo um dos piores momentos de sua vida! Num ato falho de desatenção, ela esqueceu de registrar a aposta dos quase-milionários!
Uma filmagem recentemente divulgada pela imprensa mostra o exato momento em que a infeliz funcionária retorna até o estabelecimento e constata sua triste sorte... tão triste quanto as dos apostadores! A reação da moça é de cortar o coração! Naquele momento fiquei imaginando o que estaria passando pela sua cabeça! E sabe por quê? Por ter consciência que ninguém está completamente livre de acontecimentos dessa natureza! A mémória falha as vezes. Somos humanos, suscetíveis ao erro, contudo, esse é um erro de R$ 53,3 milhões de reais! Muito dinheiro em jogo, interesses de toda ordem! Talvez, se o motivo da falha fosse outro, ela tivesse alguma chance de manter sua honra, segurança, sanidade e emprego, mas o problema em questão é dinheiro, muito, e quando ele está entre os conflitos, daí o perdão fica mais “caro”! Me digam daí, vocês seriam capazes de perdoar um erro dessas proporções? Os convido a discutir o assunto!
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Treze dos quase milionários já prestaram queixa na polícia e ameaçam processar a casa lotérica, que está sendo duramente investigada. O “rebú” foi tão grande que a partir de hoje estão terminantemente proibidas as apostas coletivas, os populares “bolões”, em todo país.
Particularmente estou solidário ao sofrimento da moça. Quero propor reflexão e saber sua opinião.
A pergunta é: qual o preço de um perdão?
Jr Vilanova.
10 comentários:
Olá querido
Que enrascada você nos meteu. O perdão não tem preço, vai de cada um. Como não sou um dos ganhadores fica fácil perdoar. Mas se fosse, como seria? Sinceramente não sei, é uma situação que não gostaria de passar nunca, mas uma coisas é certa: estou com muita dó dessa moça, deve estar vivendo num verdadeiro inferno de consciência.
Bjux
Esse caso aconteceu aqui pertinho de P.Alegre e se for verdade,digo SE,(tenho dúvidas se ela nãoe está assumindo por outro motivo qq),repito se for verdade, tenho pena dela.Mas estando de fora, poderia achar que perdoaria. Se fosse um deles, iria recorrer à justiça(???) pra ver no que daria. Nem que levassem 20 anos e o resultado da ação fosse para meus netos apenas, valeria a pena mostrar que as pessoas devem assumir...
Fui sincera! Assim seria! um abração,chica
Olá!
Sensacional a sua abordagem.
Pensamos em quem perdeu o prêmio,questionamos o fim do esquema de bolão nas lotéricas,mas ninguém pensa na moça.
Eu não havia pensando.
Pode parecer demagógico,mas a vda hmana vale um perdão.Cristo fez isto por nós.
Bjs!
Meu caro, que situação!... De fato, como exercer o perdão frete a R$ 53 milhões? Claro, se eu fosse da turma que perdeu o premio. Mas a graça disso tudo é que o pai da moça também esta literalmente no bolo, são muitas esperanças, sonhos, desejos de realizações e tudo foi por água abaixo, em consequência do erro humano!...E francamente errar é humano, como diz o velho bordão! Sinceramente, eu perdoaria a moça, pois o peso dessa responsabilidade ela vai levar até o tumulo, será sempre conhecida como a moça que não computou o jogo. Mas, entraria sim num processo judicial para ter meu premio entregue, pois por mais isenção que a instituição bancaria federel diz não ter nada com isso, tem sim!... Se bolão não é uma pratica aceitável a instituição deveria ter sido mais energica e atuado mais forte abolindo tal ação (bolões).
Pois é Júnior....poucos são solidários numa hora dessas, quando o dinheiro fala mais alto. É claro que ninguém irá achar graça em uma situação dessas, "errar é humano"....por infelicidade a humana que errou irá passar por poucas e boas agora. Antes de entrar aqui no blog estava lendo a respeito e tive o mesmo sentimento que o seu de solidariedade!
bjss
Ontem eu estava pensando na tremenda falta de sorte dessa pessoa. Quanto ao perdão, não tem preço, mas um erro de R$ 53,3 milhões de reais, sei lá se dá pra perdoar.
BeijooO e bom final de semana.
Menino! Que ponto de vista interessante! Realmente é interessante observar como os fatos relacionados ao dinheiro mexem com a gente, não? Se o resultado de fato não fosse o esperado, as pessoas do bolão continuariam seguindo suas vidas numa boa, mas como foi um erro de outro ser humano, daí já passou a ser imperdoável!
Não sei qual seria minha reação, mas peço a Deus que sempre me ilumine para vencer as provações!
Parabéns pela abordagem!
Cris.
Oi Júnior
Costumo dizer que notícias nunac aficam tao velhas qe nao podem ser lidas no dia seguinte rsrs,( tenho mania de ler jornais velhos também).
O assunto de tão triste chega a ser trágico!! rs
que dia infeliz dessa funcionária! e que incompetência também !
Perdoaria sim , claro que sim . O sofrimento dos que perderam passa bem perto do dela.
abraços, Junior
Em tempo: disse notícia de ontem , ( não velha , aqui no caso) quis dizer que cheguei atrasada no seu post.
Beijinhos
Também fiquei com pena da funcionária... uma fatalidade que poderia ter acontecido com qualquer um... Ao mesmo tempo me coloquei na posição dos "ganhadores": é uma situação difilcil, mas acho que daí a apresentar queixa crime é um pouco de exagero... Não houve má fé, a gravação mostra! Essa é uma excelente oportunidade para se praticar o perdão.
Bjs.
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