“Quem conta um conto, aumenta um ponto”... não, não concordo com o ditado popular. Na realidade não é bem assim! Melhor dizer: quem conta um conto “incrementa” vários pontos...
E que bom que é desse jeito, já imaginou o quão sem graça seria a vida sem alguém disposto a desempenhar esse papel? Reconhecer é preciso, incremento é algo substancial pra vida da gente, ou não? O que seria o registro de uma vida sem um bom incremento, gente?
Escrever é mais ou menos como pintar um quadro, só que com um diferencial: sem tintas! Trata-se de um exercício desafiador. Olhar para o papel em branco – ou para uma tela de computador da mesma cor, que seja – e assumir o compromisso íntimo de tentar torná-la mais interessante, diminuindo sua palidez, dando vida e dinamismo ao que antes apenas existia. Indiferente e sem perspectiva.
É um ato de coragem! Convenhamos, é preciso ser corajoso para expor o que se sente, o que se pensa, o que se quer, pois uma vez externalizadas tais particularidades, mesmo que estejam misturadas a mil e um versos, ainda assim sempre haverá alguém capaz de identificá-las e decifrá-las. Então, escrever também é não ter direito a muitos segredos! Quem um dia se propôs a desenvolver um diálogo aberto e sincero com o mundo sabe bem disso.
Do pergaminho ao pixel, desde sempre, a palavra exerce o honroso papel de ser um agente transformador... de dar sentido a tudo, querer – e conseguir - modificar a todos. Quando a palavra se une a música, vira canção. Ao produzir versos, logo se transforma em poesia. As nascidas das reflexões religiosas produzem a fé. Nas mãos dos médicos preservam vidas e na das autoridades viram leis, que por sua vez regem o mundo, que se desdobra na tentativa de se sobrepor ao caos. No cotidiano de qualquer pessoa ela se faz presente – inclusive no seu que me lê agora -. Aliás, essa é uma boa pergunta: no seu universo particular, que efeito produzem?
Se ler é viajar, escrever é conduzir! E quem conduz algo ou alguma coisa precisa de responsabilidade ao manifestar suas percepções do mundo e de todo o resto. Certamente elas conseguirão convencer alguém que tomará pra si aquilo que até então a outro pertencia. Formar opiniões, despertar sentimentos, desagradar, apaixonar... talvez por isso seja tão necessário continuar experimentando! Sem a palavra escrita estaríamos todos cegos!
Escrever também é brincar, mas atenção: brincar com coisa séria! Interagir com uma força que brota em “terra de ninguém” que ao mesmo tempo pertence a todos nós... e isso pode ser bem perigoso... ou maravilhoso!
Maravilha essa que habita na mente de quem escreve e nos olhos de quem lê!
Apolinário Júnior
Maceió, 19/07/09.
3 comentários:
Já li esse...hahahahaha!
kkkkkkkkkkkk
Amore bom final de semana e não assista muitos filmes, deixe alguns para o próximo final de semana!
Bjooooos
Que texto lindo!!!!
Graças a Deus existem pessoas como vc que nos encanta com o que escreve!!Pq escreve com a alma e o coração!!!
Beijo
Cláudia
Olá Junior
Concordo com vc tem que ter muita coragem para escrever mesmo.
Abraços
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