Tem um tempo que venho percebendo uma grande necessidade pessoal de alimentar o meu espírito (já que o corpo físico, graças a Deus, tem se alimentado bem, inclusive, até demais)... Não me refiro a nada de cunho religioso, ligado a fé cristã, pois essa é quase que uma obrigação diária e representa um ponto vital pra todo o resto! Nesse momento eu falo de inspiração mesmo, de descontração, de estímulo a uma reflexão qualquer...
Não sei se pelo tempo que não vou ao cinema, se pelo fato de ter lido muito nos últimos meses, comecei a sentir falta de uma forma mais dinâmica de arte e esse fim de semana escolhi o tipo de alimento que precisava: filmes! Acertei em cheio!
Conseguir escolher um bom filme em meio ao universo de títulos de uma boa vídeo locadora é algo bem complicado pra mim (Será que é só pra mim?)! Confesso que não sou especialista no assunto “cinema” - estou longe de ser um cinéfilo - então, na hora de optar por um título, fico refém das críticas especializadas – que nem sempre são confiáveis -, das dicas sempre superficiais dos funcionários das locadoras e lógico, da minha intuição, que no fim das contas é o que acaba me ajudando de fato... Por isso demoro um pouco pra me decidir!
Dos tantos escolhidos pra levar pra casa apenas alguns conseguiram me oferecer aquilo pelo qual buscava. São eles: o documentário “Paulinho da Viola – Meu tempo é hoje”, de Izabel Jaguaribe, com direção do jornalista Zuenir Ventura; o impactante “Ensaio sobre a cegueira”, do brasileiríssimo Fernando Meirelles, baseado na obra do escritor português José Saramago; “Última Parada 174”, do também brasileiríssimo Bruno Barreto, numa história pra lá de brasileiríssima e o divertido, apaixonante e revelador “WALL-E”, da Walt Disney (Dos mesmos criadores de Procurando Nemo e Ratatouille, que, diga-se de passagem, adorei). Todos me proporcionaram extrema alegria esse fim de semana!
Não sei se pelo tempo que não vou ao cinema, se pelo fato de ter lido muito nos últimos meses, comecei a sentir falta de uma forma mais dinâmica de arte e esse fim de semana escolhi o tipo de alimento que precisava: filmes! Acertei em cheio!
Conseguir escolher um bom filme em meio ao universo de títulos de uma boa vídeo locadora é algo bem complicado pra mim (Será que é só pra mim?)! Confesso que não sou especialista no assunto “cinema” - estou longe de ser um cinéfilo - então, na hora de optar por um título, fico refém das críticas especializadas – que nem sempre são confiáveis -, das dicas sempre superficiais dos funcionários das locadoras e lógico, da minha intuição, que no fim das contas é o que acaba me ajudando de fato... Por isso demoro um pouco pra me decidir!
Dos tantos escolhidos pra levar pra casa apenas alguns conseguiram me oferecer aquilo pelo qual buscava. São eles: o documentário “Paulinho da Viola – Meu tempo é hoje”, de Izabel Jaguaribe, com direção do jornalista Zuenir Ventura; o impactante “Ensaio sobre a cegueira”, do brasileiríssimo Fernando Meirelles, baseado na obra do escritor português José Saramago; “Última Parada 174”, do também brasileiríssimo Bruno Barreto, numa história pra lá de brasileiríssima e o divertido, apaixonante e revelador “WALL-E”, da Walt Disney (Dos mesmos criadores de Procurando Nemo e Ratatouille, que, diga-se de passagem, adorei). Todos me proporcionaram extrema alegria esse fim de semana!
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O primeiro filme, um panorama sobre a vida e obra de um dos mais aclamados nomes da música brasileira, me fez lembrar o documentário “Mistério do samba”, de Marisa Monte, que também é maravilhoso! Pra mim pareceu uma continuação – ou vice-versa -, só que desta vez o samba é materializado na imagem desse aclamado artista! E por falar em Marisa, ela também está lá, com sua voz inconfundível, cantando coisas como: “Carinhoso” e “Dança da solidão” com tanta leveza que parece estar entoando canções de ninar!
Bem, ainda sobre a obra, trata-se de um grande painel sobre a vida de Paulinho da Viola. Entrevistas, declarações íntimas e muita música também, graças a Deus! Eu, que pouco conhecia do seu legado – mas muito do seu repertório pelas vozes de outras cantoras brasileiras - me senti satisfeito em poder interagir com a memória viva da música símbolo do nosso país: o samba!
Pontos fortes: ver a farra e as histórias contadas pelos integrantes da Velha Guarda da Portela. Enquanto as mulheres preparam o almoço – que até dá pra sentir o cheiro de comida caseira da sala da gente - os homens se posicionam na enorme mesa do lado de fora pra iniciar a roda de samba! Segundo o que dá pra perceber, assim nasceram os melhores clássicos do Rio de Janeiro!
Outra coisa legal pra mim foram as participações especiais... Além da Velha Guarda, La Monte, Zeca Pagodinho, as filhas mais velhas de Paulinho cantando com ele e poder ouvir Marina Lima novamente em cena! Isso tem sido cada vez mais raro... Serena, ela está linda e segura na canção “Para um amor no Recife”!
No mais, destaco a fotografia que é muito bonita, sua vida pacata em família (e no filme percebemos que família gente escolhe também) e o ser humano fantástico que se revela em meio a tantas histórias – quem diria, o sambista é também um marceneiro irreparável, um pé de valsa e um apaixonado por carros antigos e sinuca -. Simplicidade, espontaneidade, e muita sabedoria...
Paulinho encerra o filme com as seguintes palavras: “Meu tempo é hoje. Eu não vivo no passado, o passado é que vive em mim”...
Recomendo.
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“Ensaio sobre a cegueira” na minha humilde análise, se mostrou um daqueles filmes que estão a todo momento, a cada nova cena, tentando repassar algum ponto de reflexão. Não é recomendável perder nenhum diálogo, não dá pra desgrudar os olhos de nenhuma cena e principalmente não tem como repousar a mente enquanto todas aquelas provocações são feitas pelo autor/ diretor! Várias vezes precisei voltar algumas “cenas-chave" para me certificar que não teria deixado nada passar despercebido (Ainda assim não tenho essa certeza de forma definitiva).
Ganhei esse livro de presente de aniversário a alguns anos e curiosamente nunca li! Sempre ensaiei esse dia - mas acho que estava cego -. Tinha consciência que ali estava algo que me revelaria muitas coisas importantes e talvez por esse mesmo motivo, fiquei esperando o melhor momento para uma dedicação exclusiva a uma leitura que julguei ser tão densa -nesse sentido estava certo! -. Enquanto não resolvia iniciar logo essa viagem, emprestei o livro a várias pessoas, observando as reações diversas que cada uma delas apresentava... Inegavelmente isso ajudou a provocar o meu desejo... Mas antes de descortiná-lo, eis que a obra de Saramago, único escritor português a ganhar o Prêmio Nobel de Literatura, se mostra nos telões dos cinemas do mundo! Vibrei com aquela possibilidade, pois embora saiba que os filmes que são baseados em livros raramente conseguem repassar a mensagem original, entendi que aquela seria uma excelente introdução e um incentivo pra definitivamente tirar o livro da gaveta que atualmente se encontra(o que muitos considerarão um crime e realmente seja).
Depois de assistir em vídeo – e mais uma vez lamentar profundamente ter demorado tanto pra ler o livro -, a mensagem que ficou muito nítida pra mim fala abertamente sobre a fragilidade humana! Sobre a NOSSA FRAGILIDADE! Como é perturbador reconhecer a nossa pequenez enquanto seres humanos perante a grandiosidade dos mistérios que regem esse universo! O quanto somos ingênuos ao tentar acreditar que já sabemos tudo, que já aprendemos o suficiente nas faculdades, que somos nos tornamos seres superiores ao adquirir poder e dinheiro em nosso meio social... e mais, como podemos nos tornar frágeis e manipuláveis quando submetidos a situações limite. Dá pra enxergar alguns contextos do filme em várias situações cotidianas. É possível identificar nossa vulnerabilidade perante tudo que nos tire da ordem ao qual estamos condicionados...
Nota: Fiquei feliz em assistir a entrevista do Fernando Meirelles nos extras, usando um camisão azul com o nome: “BRASIL” estampado no peito! Maior orgulho!
Ganhei esse livro de presente de aniversário a alguns anos e curiosamente nunca li! Sempre ensaiei esse dia - mas acho que estava cego -. Tinha consciência que ali estava algo que me revelaria muitas coisas importantes e talvez por esse mesmo motivo, fiquei esperando o melhor momento para uma dedicação exclusiva a uma leitura que julguei ser tão densa -nesse sentido estava certo! -. Enquanto não resolvia iniciar logo essa viagem, emprestei o livro a várias pessoas, observando as reações diversas que cada uma delas apresentava... Inegavelmente isso ajudou a provocar o meu desejo... Mas antes de descortiná-lo, eis que a obra de Saramago, único escritor português a ganhar o Prêmio Nobel de Literatura, se mostra nos telões dos cinemas do mundo! Vibrei com aquela possibilidade, pois embora saiba que os filmes que são baseados em livros raramente conseguem repassar a mensagem original, entendi que aquela seria uma excelente introdução e um incentivo pra definitivamente tirar o livro da gaveta que atualmente se encontra(o que muitos considerarão um crime e realmente seja).
Depois de assistir em vídeo – e mais uma vez lamentar profundamente ter demorado tanto pra ler o livro -, a mensagem que ficou muito nítida pra mim fala abertamente sobre a fragilidade humana! Sobre a NOSSA FRAGILIDADE! Como é perturbador reconhecer a nossa pequenez enquanto seres humanos perante a grandiosidade dos mistérios que regem esse universo! O quanto somos ingênuos ao tentar acreditar que já sabemos tudo, que já aprendemos o suficiente nas faculdades, que somos nos tornamos seres superiores ao adquirir poder e dinheiro em nosso meio social... e mais, como podemos nos tornar frágeis e manipuláveis quando submetidos a situações limite. Dá pra enxergar alguns contextos do filme em várias situações cotidianas. É possível identificar nossa vulnerabilidade perante tudo que nos tire da ordem ao qual estamos condicionados...
Nota: Fiquei feliz em assistir a entrevista do Fernando Meirelles nos extras, usando um camisão azul com o nome: “BRASIL” estampado no peito! Maior orgulho!
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“Última Parada 174”. O que eu posso dizer sobre esse filme? Que tal: “Viva o cinema nacional”?! Fantástico! Muito mais que a simples exposição de uma tragédia, Bruno Barreto retratou com muita verdade – e no meu ver, na medida certa – vários elementos geradores da violência urbana no Brasil. Só havia sentido algo assim quando assisti pela primeira vez o filme: “Cidade de Deus”, que considero uma obra prima! Achei oportuno compará-los... Falam de nossas chagas de forma nua e crua e nos impulsionam a rever certos conceitos...
Impressionante como o diretor soube amarrar a trama, mesclar os fatos de diferentes acontecimentos e deixá-los todos com a cara da mais pura realidade cotidiana... Talvez ele nem saiba disso, mas pode muito bem ter reproduzido a história degradante de muitos brasileiros que vivem abaixo da linha da pobreza, que já nascem inseridos em cenários crescentes de violência!
Conseguiu assim prender a atenção dos expectadores, principalmente porque é um filme que mexe com as nossas certezas! Pra quem lembra desse caso fatídico, quem acompanhou nos noticiários o pavor dos passageiros daquele ônibus e odiou profundamente aquela figura de áurea marginal que ceifou a vida de uma inocente, vale a pena seguir com os atores, passo a passo, o caminho percorrido por uma verdadeira tragédia social... Contestar velhas certezas, repensar as verdades pré-concebidas que nos são oferecidas todos os dias... A todo instante os vários pontos da nossa fragilidade social são abordados, tantos, que o seqüestro do ônibus 174 na cidade do Rio de Janeiro passa a ser apenas mais um detalhe da trama, o último detalhe, inclusive!
Nitidamente essa é a idéia principal do cineasta, mostrar que por trás de toda grande tragédia humana envolvendo a exclusão e a falta de oportunidade, o caos social que se instalou no nosso país se apresenta como co-responsável pelos resultados. A frase título da trama diz: “Quem não tem nada a perder não sabe quando parar”! Isso é verdade e aí é que mora o perigo... pra quem mata e pra quem vai morrer no meio dessa guerra civil!
Nos extras é possível acompanhar o diretor e os atores principais comentarem todo o filme, cena por cena. Oportunidade rara!
Pra mim, esse foi um verdadeiro banquete (de arte).
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Semana passada com o texto “Vamos precisar de todo mundo”, eu falei sobre coisas como lixo urbano, atitudes irresponsáveis e necessidade de adotar novos hábitos em prol de uma vida ambientalmente sustentada! Pois é, qual não foi a minha surpresa ao assistir “Wall-E”: Tudo que eu penso e que temo que aconteça está retratado lá! Era pra ser um filme meramente infantil, bobo – pelo menos muitos pensam assim – mas, seguindo uma tendência mundial nesse estilo, ele traz consigo uma inteligente abordagem sobre nossa responsabilidade em relação ao futuro do planeta!
Retrata uma ficção onde os homens são obrigados a deixar a Terra por conta da descontrolada produção de lixo que tomou conta das cidades e das cada vez mais violentas catástrofes climáticas que passam a castigar os continentes... Pra aonde foram os seres humanos? Depois de evoluírem consideravelmente sua tecnologia, foram passar um tempo no espaço a bordo de cruzeiros espaciais – semelhantes aos que acontecem hoje nos transatlânticos – gozando de todo luxo e conforto que a vida moderna pode oferecer (ou não)... Falando assim parece a solução ideal para os problemas atuais, mas o filme nos mostra que não é bem assim, que existem controvérsias! Pra quem ainda não viu, indico como forma de entretenimento inteligente... Convidem as crianças pra assistir (sim, elas também podem), esse é o tipo de mensagem interessante para toda família, para todas as idades (visto as atrocidades que estamos permitindo que aconteçam por aí). Com a estória do robozinho simpático da Walt Disney, todos aprenderão juntos!
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Agora pra quem acompanha o blog diariamente: Essa semana, apesar do feriado, a correria tá muito grande e sem contar com a ausência de internet a minha disposição 24 horas por dia, tudo vai ficando um pouco mais complicado! Mas nada que vá impedir nosso encontro virtual (Já são 180 acessos em menos de um mês, meu combustível!)...
Um beijo grande as queridas amigas que estão sempre por aqui (Cláudia, Josi, Manu, Patrícia, Andressa, Nandita e um agradecimento especial a Débora, minha sobrinha, que muito me honrou com a frase "O glob do meu tio é famoso" ... Foi a segunda melhor frase que já escutei aqui!)
Amanhã tô por aqui!
Fui...
1 Comentário:
Rapaz... aki em Salvador só choveu o feriado todo!!! Seria ótimo para só ver filmes e tal... mas nem fiz isso, trabalhei e curti mesmo. hauahuahauhauhauahuah!
bjossss
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