"Eu sou a viagem de ácido nos
barcos da noite
Eu sou o garoto que se masturba
na montanha
Eu sou tecnopagão
Eu sou Reich, Ferenczi e Jung
Eu sou o Eterno Retorno
Eu sou o espaço cibernético
Eu sou a floresta virgem
das garotas convulsivas
Eu sou o disco-voador tatuado
Eu sou o garoto e a garota
Casa Grande e Senzala
Eu sou a orgia com o
garoto loiro e sua namorada
de vagina colorida
(ele vestia a calcinha dela
e dançava feito Shiva no
meu corpo)
Eu sou o nômade do Orgônio
Eu sou a Ilha de Veludo
Eu sou a Invenção de Orfeu
Eu sou os olhos pescadores
Eu sou o Tambor do Xamã
(e o Xamã coberto de
peles e andrógino)
Eu sou o beijo de Urânio
de Al Capone
Eu sou uma metralhadora em
estado de Graça
Eu sou a pomba-gira do Absoluto".
Poema Vertigem - Roberto Piva.
Outras palavras...
Eu posso ser o que eu quiser. Você também. Depois de ler o poema de Roberto Piva, principalmente. Sei que todos, indistintamente, guardamos em nós alguma vontade reprimida, ignorada, desconsiderada por fatores externos. Realidades que muitas vezes nos impedem de retratarmos pro mundo algo que vive latente em nós! Acho que o poeta tentou dizer isso quando se descreveu como "a pomba-gira do Absoluto". Adorei.
Boa quarta-feira!
Jr Vilanova.
1 Comentário:
Popoóoooo.
Diferente, né! Nunca tinha lido uma poesia assim tão "descontraída" nas palavras, a não ser a poesia de Hilda Hilst. Gostei!
Beijão
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