Recordo-me que alguém comentou aqui no blog: "tenho medo das suas quintas-feiras"! De fato, é nas quintas que costumo tratar do caos existente no mundo em que vivemos, das notícias mais polêmicas, dos casos mais absurdos. Esclareço porém, que não faço isso por achar bacana falar de coisas ruins ou por ser favorável ao sensacionalismo que tomou conta do tele-jornalismo brasileiro, muito pelo contrário. Contudo, toco na ferida porque precisamos encarar o mundo que aí está e de frente! Viver não é tão somente velejar num mar de rosas, a vida não é uma poesia de Fernando Pessoa e tentar ignorar isso é uma grande bobagem.
Não podemos perder a nossa capacidade de indignação. Não podemos correr o risco de encararmos as coisas erradas como normais ou previsíveis, não é certo vivermos classificando cada nova notícia ruim como "mais uma"! Precisamos de comoções coletivas, indignações em massa, de uma sensibilidade individual crescente, atenta, e sermos capazes de cobrar justiça com mais propriedade... É por isso que reproduzo casos repugnanates, porque espero não mudar de idéia nunca, nem fraquejar diante desses desafios que nos são impostos com uma frequência alarmante!
O assunto de hoje pode até soar repetitivo, considerando a avalanche de más notícias e dos perigos que nos rondam diariamente, contudo, me chocou profundamente pela forma como aconteceu. De repente percebo que não são só os bandidos inspiram cuidados, estamos nos tornando perigosos uns aos outros também. Vejam só o caso da Senhora Juliana Cravo, de 29 anos, que saiu de casa com sua mãe com o objetivo de comprar um computador num shopping da Zona Norte de São Paulo. Tudo ia bem, até Juliana ser acertada no rosto por uma cusparada de uma criança, que irresponsavelmente e a revelia de seus responsáveis, brincava de cuspir as pessoas do alto de uma escada rolante. O que ela fez, então? Aquilo que qualquer um de nós faria, acredito eu... procurou os tais responsáveis pelo menor, nesse caso uma tia, e reclamou, pedindo providências para que isso não se repetisse com outras pessoas... Resultado: Juliana fora seguida e espancada do lado de fora do shopping por um grupo de selvagens, entre elas e representando a líder do bando, a tia do menor, que muito ofendida com a reclamação, resolveu tomar as providências que julgou mais adequada.
Em decorrência dos socos, murros e pontapés, a vítima teve um derrame cerebral e morreu quatro dias depois. O circuito interno de TV do estabelecimento registrou algumas cenas das acusadas e as imagens serão usadas como prova para a acusação. Para família, além da revolta, só resta agora cobrar das autoridades providências e que as agressoras paguem pelo crime bárbaro cometido.
Agora, diante do exposto, pergunto: E a nós, que - por enquanto e graças a Deus - somos apenas expectadores desses absurdos, o que nos resta? Ignorar que vivemos numa selva? Focarmos no lado bom da vida para esquecermos nossas dores? Resta o carnaval? O futebol? A Copa de 2014? As Olimpíadas de 2016? A novela das oito? Não há mesmo nada a se fazer além de nos indignarmos? Somos/estamos tão impotentes assim? É por isso que a "quinta do caos" existe. REFLITAMOS!
Agora, diante do exposto, pergunto: E a nós, que - por enquanto e graças a Deus - somos apenas expectadores desses absurdos, o que nos resta? Ignorar que vivemos numa selva? Focarmos no lado bom da vida para esquecermos nossas dores? Resta o carnaval? O futebol? A Copa de 2014? As Olimpíadas de 2016? A novela das oito? Não há mesmo nada a se fazer além de nos indignarmos? Somos/estamos tão impotentes assim? É por isso que a "quinta do caos" existe. REFLITAMOS!
Sabe, com más notícias envolvendo assaltantes, assassinos, sequestradores, estelionatários, psicopatas, estamos até relativamente preparados, mas ao que parece, as coisas, ao invés de diminuírem, estão evoluindo para outros tantos tipos de conflitos! A violência virou uma arma para se resolver quase tudo... no trânsito se mata, no bar se mata, na saída do banco se mata, nas escolas se morre e agora, no shopping também não estamos seguros! O perigo não tem uma única face, pode estar em qualquer lugar e as relações interpessoais cada dia mais comprometidas!
Espero sinceramente que essa família possa encontrar razões para continuar acreditando num mundo melhor e que Juliana Cravo, onde estiver, possa receber aquilo que o nosso mundo não pôde lhe dar!
Fico por aqui.
Jr Vilanova.
Link da notícia: http://blogdovaldikim.com.br/?p=15606
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